Após crise da Operação Porto Seguro, Adams vê sua carreira 'crescente'
BRASÍLIA - Três meses depois de deflagrada a Operação Porto Seguro e de um período na “geladeira”, o chefe da Advocacia-Geral da União, Luís Inácio Adams, sai da reclusão e já se rearticula politicamente para tentar reocupar o espaço perdido como integrante do chamado núcleo duro do governo.
Antes do escândalo que ligou José Weber, número dois da AGU e seu principal auxiliar, à máfia de venda de pareceres públicos a órgãos privados, Adams era um dos principais interlocutores da presidente Dilma Rousseff e nome certo para uma futura indicação para o Supremo Tribunal Federal.
A crise, que resvalou em seu gabinete e provocou a demissão de Weber, abalou seu prestígio e quase o derrubou. Agora, Adams já considera que sua carreira está “na crescente”.
“Ninguém valoriza o timoneiro que só navega por águas calmas. Não recomendo a ninguém passar o que eu passei, mas acabou sendo uma experiência significativa”, diz o chefe da AGU. Se não se saísse bem, já teria sido destituído do cargo, acredita ele.
Na terça-feira, ele almoçou com a presidente. Na quarta-feira, visitou-a no Palácio do Planalto. Também foi chamado para tratar pessoalmente da denúncia do PSDB que acusa Dilma de campanha antecipada por causa de seu recente pronunciamento na TV.
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