O Brasil desperdiçou, nos
últimos dez meses, R$ 336 milhões por não utilizar energia eólica, afirmou o
líder do Democratas no Senado, José Agripino. Segundo o senador, só no Rio
Grande do Norte e Bahia existem 26 parques eólicos produtores desse tipo de energia,
mas as linhas de transmissão – responsáveis por lançar a energia no sistema
nacional da Eletrobrás - não foram construídas. “A estatal Chesf, que ganhou a
concorrência para a produção das linhas, não construiu nada. Ou seja, o setor
privado faz sua parte, produz a energia, mas ela é perdida no ar, ninguém consome
porque ela não chega ao seu destino”, criticou.
No caso específico do Rio Grande
do Norte, Agripino ressaltou que é um desperdício não usar a energia eólica
produzida pelo Estado, principalmente porque deixaria a conta de luz mais
barata para a população. “A energia eólica é um dos ‘eldorados’ de
meu Estado porque é limpa e produzida a custo competitivo. O RN, pelo fato de
ter uma corrente de vento favorável, propiciou que leilões fossem feitos para
determinadas áreas. São bilhões de Reais em investimento privado; dá gosto de
ver. Mas hoje a energia eólica está sendo jogada no mato, não chega a quem tem
que chegar”, afirmou Agripino.
Segundo o senador potiguar, além
do gasto de R$ 336 milhões perdidos na energia eólica, o país gastou, também
nos últimos dez meses, R$ 1,5 bilhão na queima de gasolina e óleo diesel para
produzir a energia termelétrica. Agripino frisou que o Brasil poderia ter
economizado bilhões se tivesse investido na produção da energia eólica. “Isso é
uma brincadeira com dinheiro público e com a sociedade. O suprimento da energia
que o parque eólico poderia estar destinando está custando R$ 1,5 bilhão em
combustível. Tudo pela incúria administrativa de um sistema que perdeu o
controle”, concluiu.

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