As eleições de 2014 tiveram o menor índice de reeleição de
governadores no primeiro turno desde a implementação deste instituto em
1998. Até o fechamento desta edição, apenas em quatro estados (São
Paulo, Paraná, Santa Catarina e Sergipe) os mandatários já tinham
conquistado nas urnas o respaldo para continuar no poder por mais quatro
anos, 22% dos 18 que disputaram o pleito. No Acre, a apuração foi a
última a terminar, com Tião Viana (PT) conquistando 49,75% dos votos
válidos e Márcio Bittar (PSDB), 30,1%, levando a disputa para segundo
turno.
Conforme levantamento d’O Globo, das 27 disputas, 13 foram resolvidas
no primeiro turno, entre elas as dos dois maiores colégios eleitorais,
São Paulo e Minas Gerais. Em 2010, foram 18 estados com vencedores nesta
fase. Outros nove candidatos à reeleição terão ainda a possibilidade de
disputar o segundo turno, mas seis terão de reverter uma situação de
desvantagem em relação a seus adversários. Dos 18 governadores que
buscavam um novo mandato, quatro já foram derrotados.
Em 2010, metade dos 20 governadores que disputaram a reeleição
ganharam a disputa já no primeiro turno. Outros três levaram no segundo
turno. Em 2006, o índice de reeleição no primeiro turno foi de 42,86%. O
ano de 2002 era o que tinha a menor taxa de sucesso entre os
governadores que tentavam um novo mandato: apenas cinco dos 16 (31,25%)
foram reeleitos no primeiros turno. Em 1998, primeiro ano com reeleição,
oito governadores se reelegeram no primeiro turno, de um total de 21
que disputaram.
No quadro partidário, o PMDB já venceu quatro disputas, com Paulo
Hartung (ES), Jackson Barreto (SE) Marcelo Miranda (TO) e Renan Filho
(AL). O PT garantiu três estados, com Fernando Pimentel (MG), Rui Costa
(BA) e Wellington Dias (PI). O PMDB tem a possibilidade de retomar o
posto de partido com o maior número de governadores porque disputará
segundos turnos em oito unidades da federação. O PT, por sua vez,
disputará no Rio Grande do Sul, Ceará, Mato Grosso do Sul e Acre.
O PSDB, que em 2010 tinha conquistado oito estados, agora venceu em
apenas dois no primeiro turno, com Geraldo Alckmin (SP) e Beto Richa
(PR). Tucanos disputarão ainda segundos turnos em outros seis estados. O
PSB, por sua vez, reduzirá o número de estados que comanda. Em 2010
venceu seis pleitos, agora garantiu apenas um, com Paulo Câmara (PE), e
disputa o segundo turno em outros cinco. Câmara foi o governador,
proporcionalmente, mais votado do país, com 68,1% dos votos válidos.
Em relação ao tamanho do eleitorado, o PT teve um crescimento
expressivo pela vitória em Minas Gerais e a manutenção da Bahia. Os
petistas já garantiram o comando de estados que representam 19,4% do
eleitorado e disputam ainda outros 11,8%. Em 2010, os petistas
comandavam 15,7%. Neste critério, por ter perdido Minas Gerais, o PSDB
registrará queda. Há quatro anos, 47,56% dos eleitores estavam em
estados sob domínio tucano. Agora, o PSDB já garantiu 27,9% do
eleitorado e pode chegar, no máximo, a 38,8% se vencer as disputas que
fará no dia 26 de outubro.
O PMDB, por sua vez, garantiu o comando de 4,9% do eleitorado e
disputa ainda outros 29,4%. O PMDB está envolvido na disputa do segundo
turno nos cinco maiores colégios eleitorais que não decidiram ainda seus
governadores. No Rio de Janeiro, o atual governador, Luiz Fernando
Pezão, enfrentará Marcelo Crivella (PRB), que surpreendeu na reta final e
deixou de fora Anthony Garotinho (PR).
No Rio Grande do Sul, o peemedebista José Ivo Sartori enfrentará o
atual governador Tarso Genro (PT). No Ceará, o confronto entre PT e PMDB
se repete com Camilo Santana contra o senador Eunício Oliveira. No Pará
e em Goiás, os peemedebista Helder Barbalho e Iris Rezende enfrentam os
atuais governadores Simão Jatene (PSDB) e Marconi Perillo (PSDB).
Outros três partidos já garantiram no primeiro turno a eleição de
governadores. Flávio Dino (PC do B) derrotou no Maranhão o PMDB das
famílias Sarney e Lobão. Pedro Taques (PDT) venceu no Mato Grosso e
Raimundo Colombo (PSD) se reelegeu em Santa Catarina. No segundo turno,
estão na disputa ainda políticos de PROS, PDT, PR e PP.
Veja a lista dos locais onde haverá segundo turno:
Rio: Pezão (PMDB) x Crivella (PRB)
Goiás: Marconi Perillo (PSDB) x Iris (PMDB)
Rio Grande do Sul: Sartori (PMDB) x Tarso Genro (PT)
Mato Grosso do Sul: Delcídio (PT) x Reinaldo Azambuja (PSDB)
Distrito Federal: Rollemberg (PSB) x Jofran Frejat (PR)
Rondônia: Confúcio Maia (PMDB) x Expedito Jr. (PSDB)
Amazonas: José Melo (Pros) x Eduardo Braga (PMDB)
Amapá: Waldez (PDT) x Camilo Capiberibe (PSB)
Ceará: Camilo (PT) x Eunício (PMDB)
Paraíba: Cassio Cunha Lima (PSDB) x Ricardo Coutinho (PSB)
Rio Grande do Norte: Henrique Alves (PMDB) e Robinson Faria (PSD)
Roraima: Chico Rodrigues (PSB) x Suely Campos (PP).
Pará: Helder Barbalho (PMDB) x Simão Jatene (PSDB).
Acre: Tião Viana (PT) x Márcio Bittar (PSDB)
Rio: Pezão (PMDB) x Crivella (PRB)
Goiás: Marconi Perillo (PSDB) x Iris (PMDB)
Rio Grande do Sul: Sartori (PMDB) x Tarso Genro (PT)
Mato Grosso do Sul: Delcídio (PT) x Reinaldo Azambuja (PSDB)
Distrito Federal: Rollemberg (PSB) x Jofran Frejat (PR)
Rondônia: Confúcio Maia (PMDB) x Expedito Jr. (PSDB)
Amazonas: José Melo (Pros) x Eduardo Braga (PMDB)
Amapá: Waldez (PDT) x Camilo Capiberibe (PSB)
Ceará: Camilo (PT) x Eunício (PMDB)
Paraíba: Cassio Cunha Lima (PSDB) x Ricardo Coutinho (PSB)
Rio Grande do Norte: Henrique Alves (PMDB) e Robinson Faria (PSD)
Roraima: Chico Rodrigues (PSB) x Suely Campos (PP).
Pará: Helder Barbalho (PMDB) x Simão Jatene (PSDB).
Acre: Tião Viana (PT) x Márcio Bittar (PSDB)
Fonte: Blog de Robson Pires
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