Destaque no Correio Braziliense é que "Ex-diretor da Petrobras alega que participou do esquema de corrupção para melhor o Brasil"
Em depoimento à Justiça em que se comprometeu a falar a verdade e não silenciar sob pena de perder os benefícios da delação premiada, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa acusou o PT, o PMDB e o PP de obterem 3% de propinas de contratos superfaturados na estatal. Ele disse que recursos desviados foram usados na campanha eleitoral de 2010.
O esquema, segundo afirmou, envolve um cartel com as maiores empreiteiras do Brasil, que, após acertarem previamente as obras e os preços para cada uma, elevam seus custos para financiar o suborno a ser pago posteriormente por meio de apadrinhados políticos em diretorias da petroleira. De acordo com o homem-bomba, quem não pagasse as comissões ficaria de fora de contratações não só na Petrobras, como em outras estatais e empreendimentos, como portos, aeroportos, rodovias, hidrovias, ferrovias, usinas hidrelétricas e nucleares.
As denúncias, tornadas públicas no fim da manhã de ontem, sacudiram o mundo político. Todos os acusados negaram as afirmações. A oposição quer o depoimento prestado ao juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, como arma no segundo turno das eleições presidenciais.
Ao encerrar o depoimento, o ex-diretor da Petrobras reconheceu seus erros no esquema de corrupção e disse que agia para melhorar o Brasil e a estatal onde trabalhou durante 35 anos, a partir de 1977. “Houve erro, foi a partir da entrada minha na diretoria por envolvimento com grupos políticos, que usam a oração de São Francisco, que é ‘dando que se recebe’”, disse o homem-bomba, que é engenheiro. “Eu decidi fazer a delação premiada com o objetivo de que a gente tenha no futuro um Brasil melhor.” O depoimento foi o primeiro após Paulo Roberto ter fechado acordo de delação premiada com o Ministério Público, em troca da redução de sua pena.
CORREIO BRAZILIENSE
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