O
presidente nacional do Democratas, José Agripino (RN), quer que os
ministros das Cidades e dos Transportes informem ao Senado a situação
das inúmeras obras paralisadas no país e os atrasos no repasse de
pagamentos de programas do governo. O senador pelo Rio Grande do Norte
apresentou nesta quarta-feira (8) os dois requerimentos à Mesa Diretora
do Senado, que devem ser lidos ainda nesta semana em plenário.
Após
a leitura pelo presidente do Senado, os ministros têm 30 dias para dar
as informações requeridas à Casa. Caso não o façam, poderão responder
pelo crime de responsabilidade. Em relação ao Ministério dos
Transportes, José Agripino quer que o ministro Antonio Carlos Rodrigues
explique declaração dada por ele no dia 29 de abril na Comissão de
Infraestrutura do Senado. Durante a sessão, o ministro assumiu que
existe previsão de que diversas obras no país sejam paralisadas por
conta da falta de verba e não soube descrever o valor do investimento
disponibilizado para sua pasta.
No
requerimento apresentado, Agripino pede que Antonio Carlos Rodrigues
aponte, estado por estado, as obras que estão paradas e/ou com
pagamentos atrasados, além do cronograma físico sobre o atraso de cada
uma delas por falta de pagamento. “A demora na conclusão de obras
contratadas impõe à população e aos usuários alto custo social, seja
pelo aumento do tempo de viagem, do consumo de combustíveis ou da
estatística de acidentes. Além disso, obras paralisadas podem levar à
perda de serviços já executados, o que representa sério prejuízo ao
erário”, destacou o senador no requerimento.
Já
em relação ao Ministério das Cidades, José Agripino solicita ao
ministro Gilberto Kassab que dê explicações sobre cortes e atrasos nos
repasses para as construtoras executarem as obras do programa Minha Casa
Minha Vida. Segundo o parlamentar, esse atraso tem agravado a crise na
construção civil, com paralisações de obras em vários estados e
demissões de trabalhadores.
“O
problema é mais sério entre as pequenas construtoras que assumiram
grandes conjuntos residenciais para baixa renda, totalmente custeada com
recursos públicos, sobretudo no Nordeste, mas atinge também as faixas
dois e três, que usam recursos do FGTS”, ressaltou Agripino. O senador
quer que o ministro das Cidades dê a relação completa das obras
contratadas pelo programa, as construções paradas e/ou com pagamentos
atrasados e as medidas que o governo vai tomar para liberar os recursos
para a pasta.

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