O drama da seca continua castigando o Rio Grande do Norte. A Defesa Civil Nacional reconheceu, nesta segunda-feira (30), a situação de emergência em mais quatro cidades do estado: Jucurutu, Rafael Godeiro, Santa Cruz e Tenente Laurentino Cruz. Com isso, o RN soma 74 municípios oficialmente em emergência, sendo 56 por seca, 17 por estiagem e um por chuvas intensas, segundo publicação no Diário Oficial da União.
📉 No Oeste potiguar, a seca piorou e passou de moderada para grave. Já no Leste, a situação teve leve melhora por causa das chuvas acima da média no último mês, segundo o Monitor das Secas.
🔎 Previsão não é animadora
Segundo o meteorologista Gilmar Bristot, da Emparn, os próximos meses serão difíceis principalmente para o Alto Oeste e o Seridó. “As chuvas ficaram abaixo da média no período chuvoso (fevereiro a maio). Agora, chove um pouco, mas muito abaixo do necessário. Já no Litoral e Agreste, ainda temos alguma regularidade”, explicou.
A previsão é que mais cidades do interior potiguar decretem emergência nas próximas semanas, pois não há expectativa de chuvas significativas para o segundo semestre.
🛑 O que muda com o reconhecimento da emergência?
Com o reconhecimento federal, as prefeituras podem solicitar recursos por meio do Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2iD). Os recursos podem ser usados para:
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Compra de cestas básicas;
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Fornecimento de água potável;
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Alimentação de voluntários;
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Kits de higiene, limpeza e dormitório.
A Defesa Civil Estadual alerta que o sucesso desses pedidos depende da qualidade da documentação apresentada pelos municípios. O órgão afirma que atua apenas na orientação técnica para evitar que os processos sejam rejeitados por falhas formais.
🚜 Agricultores cobram ação mais rápida
A FETARN (Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares do RN) afirma que as respostas do poder público estão lentas e que falta coordenação nas ações. O presidente da entidade, Erivam do Carmo Silva, propõe a criação de um fórum emergencial com participação da sociedade civil, para alinhar medidas específicas para cada região.
Segundo ele, mesmo com reservatórios ainda abastecendo a população, os rebanhos e plantações estão em risco. A FETARN defende ações urgentes como:
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Retorno dos carros-pipa;
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Expansão de cisternas;
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Barragens de contenção;
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Perfuração e instalação de poços.
🐄 Apoio aos produtores rurais
A Federação da Agricultura, Pecuária e Pesca do RN (FAERN) vê o reconhecimento da emergência como um passo importante para garantir apoio federal aos produtores. A entidade afirma que segue em contato com prefeituras, Defesa Civil e sindicatos, buscando servir como elo entre o poder público e os produtores rurais.
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