Aregião de Felipe Camarão, na zona Oeste de Natal, está novamente sob intensa movimentação policial. Viaturas da Força Tática patrulham becos, vielas e ruas do bairro nesta quinta-feira (31), em uma nova operação de incursão em áreas de risco.
A ação ocorre após uma noite de tensão, marcada por um confronto violento entre facções criminosas rivais que ocorreu nesta quarta-feira (30). De acordo com informações apuradas no local, um grupo teria invadido o território de outra facção, resultando em trocas intensas de tiros.
A Força Tática segue realizando operações estratégicas, inclusive utilizando a rodovia próxima para acessar áreas de difícil entrada pelo interior do bairro.
A operação tem como objetivo restabelecer a ordem, evitar novos confrontos e capturar suspeitos envolvidos na disputa criminosa.
A defesa da deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP) deve pedir para que ela vá para prisão domiciliar ou responda em liberdade até que o pedido de extradição seja analisado pelo governo italiano.
O advogado Fábio Pagnozzi disse que ela será acompanhada na audiência pelo representante da defesa na Itália nesta sexta-feira (1º).
A justificativa para o pedido será a saúde da parlamentar. Zambelli, de acordo com o advogado, está sem acesso à medicação de uso diário na penitenciária que foi encaminhada até a audiência. Ela tem diversas comorbidades e pode começar a sentir os efeitos da falta dos remédios em 48 horas.
Outra alegação é que ela não representa risco aos cidadãos do país europeu.
Ainda segundo a defesa, ela não tem interesse em fugir da Itália já que está lista de difusão vermelha da Interpol.
Sem pedido de asilo
O advogado informou ainda que não cabe um pedido de asilo político contra a extradição, já que Zambelli tem cidadania italiana.
A defesa durante o procedimento de extradição irá dizer ao governo italiano que ela é uma perseguida política no Brasil e vai pedir o reconhecimento dos direitos dela como cidadã italiana para que ela permaneça no país.
Extradição
O Ministério do Interior da Itália, equivalente ao Ministério da Justiça brasileiro, recebeu o pedido do Brasil em 12 de junho. Após análise, distribui a um tribunal.
Após a prisão da deputada, para fins extradicionais, o tribunal avalia se há condições de extradição, analisando documentação e a condenação pelo crime de invasão de dispositivo eletrônico.
Depois da decisão do tribunal, aceitando ou negando, o processo volta ao Ministério do Interior, que informa a decisão à Embaixada do Brasil na Itália.
A partir daí, se tiver autorizada a extradição, o processo de extradição entra na fase logística, em que a extraditanda é trazida ao Brasil.
A PF (Polícia Federal) entra nessa fase para ir até a Itália buscar a deputada federal. Se o pedido for aceito, os agentes definirão se a extradição será em voo comercial ou em aeronave própria da PF.
O Brasil será chamado a negociar com o governo americano, revelaram emissários do governo Trump a empresários dos Estados Unidos, conforme apurou o Estadão/Broadcast. A data, contudo, ainda segue em definição e não é aberta pelos interlocutores.
Apesar de ter sido o país mais taxado até aqui – com exceção da China, cujas alíquotas passaram dos 100% e foram suspensas por 90 dias para tratativas bilaterais -, o Brasil teria ficado mais para o fim da fila, segundo apurou a reportagem, porque Washington estaria dando prioridade aos mercados que são superavitários comercialmente com os Estados Unidos.
Ao contrário do que trazia a carta de 9 de julho do presidente Donald Trump – quando informou a sobretaxa de 40%, além da alíquota de 10% de 2 de abril, levando a 50% -, o Brasil tem déficits constantes com os EUA.
Empresários americanos, em contato com contrapartes brasileiras, afirmam que, até aqui, os acordos firmados pelos Estados Unidos com países parceiros têm seguido a ordem de superávit comercial. A prioridade, segundo os interlocutores, tem sido os mercados com os quais os Estados Unidos têm déficit comercial – caso da União Europeia, Japão e Indonésia, citam.
Já com o Brasil, os EUA têm superávit comercial, que foi de US$ 253 milhões em 2024, conforme dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). Seguindo essa premissa, o Brasil ficou para o “fim da fila”.
A estratégia foi repassada por secretários do governo americano e assessores da Casa Branca a empresários locais. Interlocutores destacam, contudo, que há um componente político na negociação bilateral que não pode ser ignorado.
Nesta quinta-feira, na ordem executiva sobre o tarifaço do Brasil, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, cobrou que o governo brasileiro tome ações contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e se alinhe aos interesses americanos como condição para rever as tarifas de 50% aplicadas contra produtos do Brasil.
No texto, Trump afirma que há uma “emergência nacional” no Brasil. Segundo ele, ações do governo brasileiro têm “ameaçado a segurança nacional, a política externa e a economia” americana. O presidente dos Estados Unidos cita Moraes nominalmente, fala em “abuso de autoridade judicial” e também menciona uma “perseguição política” contra o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Negociadores estavam enxergando pouco espaço para negociações porque tudo estaria apenas nas mãos de Trump. De forma geral, após a extensa lista de exceções, autoridades ficaram sem entender de imediato o que ela poderia realmente significar.
A publicação em paralelo do decreto da lista de exceções surpreendeu o Executivo. O foco do governo brasileiro neste primeiro momento era a negociação da tarifa geral de 50% e do prazo de entrada em vigor da sobretaxa. O governo brasileiro esperava negociar exceções para serem excluídas da tarifa apenas em um segundo momento.
Outro interlocutor comentou que, com um presidente centralizador e pouco afeito à previsibilidade, há o temor de que novas notícias negativas possam chegar ao front a qualquer momento. Apesar disso, todas as empreitadas do Brasil foram avaliadas como positivas até aqui e, possivelmente, embriões para ações que devem ser tomadas na sequência.
Entre elas estão as teleconferências feitas entre o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin, a comitiva de senadores a Washington e o encontro do chanceler Mauro Vieira com o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, também na capital americana.
Diante das informações que
divulgamos anteriormente, esclarecemos que a Prefeitura de Currais Novos efetuou
o pagamento dos servidores municipais nesta quinta-feira, 31 de julho.
De acordo com informações apuradas pelo Blog de Currais Novos, junto a diversos servidores, não existe um calendário oficial de pagamento da Prefeitura de Currais Novos. O documento que está circulando entre os servidores por meio do WhatsApp, na verdade, é um calendário de entrega da folha de frequência, e está sendo confundido com o calendário de pagamento. Pedimos desculpas aos nossos leitores pela eventual confusão causada e reiteramos o nosso compromisso com a verdade e com a boa informação.
O Departamento de Estado dos Estados Unidos planeja impor a Lei Magnitsky a outros ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) que votaram a favor do processo contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, segundo apuração de Lourival Sant’Anna, analista de Internacional da CNN Brasil.
O governo dos EUA aplicou na quarta-feira (30) a legislação contra Alexandre de Moraes, ministro do STF. A lei é usada para punir estrangeiros acusados de violações graves de direitos humanos.
Ao programa WW na noite de quarta, Sant’Anna afirmou que o processo deve ser feito de forma gradual.
“Esse plano inclui também outras medidas em relação aos vistos das pessoas que estão ali em torno do presidente Lula, isentando Lula, a primeira-dama e o vice-presidente Alckmin. E essa restrição de vistos pode se estender também aos brasileiros em geral”, acrescentou ele.
O analista disse que, segundo o mesmo plano, vistos que já existem podem ser revogados, e brasileiros podem ter que pagar 500 dólares para tirar novamente o documento.
Sant’Anna também afirmou que as tarifas impostas por Donald Trump são uma forma do presidente dos Estados Unidos impor a própria vontade.
“O que o governo americano quer é demonstrar muita munição e que essa munição vai sendo empregada gradualmente a partir de cada resposta do governo brasileiro”, destacou.
Possível interferência na eleição presidencial de 2026
Na avaliação de Lourival Sant’Anna, Trump gostaria que Lula fosse à Casa Branca para tentar “constrangê-lo”.
Segundo o analista, a ideia é que presidente brasileiro seja visto reconhecendo que o processo contra Bolsonaro foi longe demais. “Isso seria o cenário ideal para o Trump. O próprio Trump tem informação de que isso não vai acontecer”, afirmou.
Dessa forma, ele afirma que o outro cenário possível na visão de presidente dos EUA seria a possibilidade de uma eventual interferência nas eleições de 2026, para colocar no poder alguém aliado ao republicano.
“Trump quer impor este alinhamento. Primeiro, o Departamento de Estado está planejando estender este tipo de medida contra a Colômbia. Já está havendo um conflito forte contra o Panamá”, ressalta o analista.
“O Departamento de Estado está premiando a Argentina, o governo do Javier Milei, com discussão sobre tarifa zero em 80% dos produtos de ambos os lados e também com a isenção de visto para os argentinos viajarem para os EUA. Então, com isso se vê que é um jogo bem claro de premiar os aliados e castigar os adversários”, disse Sant’Anna.
Exigências americanas tocam em pontos sensíveis para o Brasil
As negociações entre Brasil e Estados Unidos sobre tarifas comerciais revelam profundas divergências conceituais sobre democracia e liberdade de expressão.
O debate surge em um momento em que os EUA oficializaram novas tarifas comerciais contra o Brasil.
De acordo com Lourival Sant’Anna, as exigências americanas tocam em pontos sensíveis relacionados à soberania nacional brasileira e à independência dos Poderes.
As discussões ultrapassam a esfera puramente comercial e adentram questões fundamentais sobre o funcionamento das instituições democráticas.
Editor Sidney Araújo, do Blog de Currais Novos , recebeu a reclamação da moradora da Rua Paraiba, bairro de Santa Maria Gorete, veja a reclamação e a limpeza, feita pela Prefeitura de Currais Novos.
O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, participa do programa “Mais Você”, da TV Globo. Na entrevista, Alckmin falará sobre o tarifaço imposto pelo governo dos EUA aos produtos brasileiros.
A aparição do vice-presidente no programa apresentado pela Ana Maria Braga é uma tentativa do governo de explicar os impactos do tarifaço à população brasileira. A conversa será nesta 4ª feira (31.jul.2025).
Eis o vídeo de divulgação feito pela comunicação do governo Lula (38s):
Considerando só os ministros e a primeira-dama Janja, e excluindo os líderes de Governo, o 1º escalão de Lula deu 96 entrevistas a veículos do Grupo Globo de 1º de janeiro a 30 de junho de 2025. O número representa uma queda de 43% em relação ao mesmo período de 2024, quando foram concedidas 169 entrevistas ao conglomerado de mídia.
Ainda assim, a Globo foi o grupo jornalístico que mais recebeu exclusivas de autoridades do governo no 1º semestre deste ano.
O vice-presidente foi um dos que menos falou ao grupo, com só 2 exclusivas a veículos da Globo.
Incidente aconteceu durante o manejo de rotina com animais no matadouro público da cidade
Na manhã desta quinta feira (30) um marchante de nome Rivaldo foi atacado e morto por um touro no momento em que fazia o manejo do animal que seria abatido. Ele chegou a ser socorrido para o hospital, mas morreu pouco tempo depois devido o ataque do animal.
Rivaldo morava no bairro Barra Nova, próximo ao Bar do Macaco o qual tinha uma caminhonete e uma mercedinha e era bastante conhecido em Caicó e região.
“Rapaz ele trazia dois touros para abate para Negão de Preto Marchante, aí quando ele pensou que o touro já tinha descido para o curral do matadouro, sendo que o touro ainda estava dentro do brete entre o carro e o curral. Aí quando ele fastou o carro o touro saiu, aí ficou lá, e tinha um rapaz lá na frente que tem umas vacas. O rapaz foi buscar as vacas lá no rio para juntar com com touro porque quando o touro tá brabo e bota junto com as vacas aí ele amansa. Aí enquanto o rapaz foi buscar os touros mais Negão ficou Rivaldo e o filho do menino que tem um curral lá aí eles foram tentar laçar o touro. Quando o rapaz foi tentar lançar o touro aí o touro partiu para cima dele. Botou ele no chão e ficou pisando todinho, um touro com mais de uma tonelada, aí ficou todo est**** por dentro. Lamentável né? Um caba bom trabalhador, boiadeiro”, lamentou um amigo.
O ex-assessor do ministro Alexandre de Moraes no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Eduardo Tagliaferro revelou, nesta quarta-feira, 30, em conversa por videochamada com blogueiros bolsonaristas, que está fora do Brasil. Além disso, atacou o ministro, disse que pretende fazer revelações sobre o magistrado e defendeu a atuação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nos Estados Unidos.
“Sou um dos perseguidos também. Estou junto no inquérito com todos vocês. Ainda não fui denunciado, mas provavelmente a partir de hoje eu serei denunciado, e o azar é só deles, que quanto mais eles fazem, mais eu faço”, afirmou.
Segundo Tagliaferro, a forma de Moraes agir é “amedrontando, assustando e calando as pessoas”. “E a mim ele não vai calar”.
O ex-assessor falou ainda que, no dia a dia, o ministro é uma pessoa “narcisista, autoritária, que se não for feito do modo que ele quer, ele ataca, ele agride, agride com palavras, humilha”. “Fez isso com muitos servidores meus”.
“Ele pode até me atacar, ele pode até vir para cima, mas contra fatos, contra provas, não tem argumentos. As provas estão comigo, sim, eu sempre guardei”, declarou.
Tagliaferro não revelou o local exato onde está atualmente, mas disse que pretende ir aos Estados Unidos. Sobre a atuação de Eduardo no país, falou ver como “uma luta para tentar não só salvar o pai dele [Jair]”. “Não vejo dessa forma, não. Eu vejo como uma luta para tentar salvar o país, para tirar essa tirania, para tirar esse domínio que a esquerda tem sobre o país e quer deixar o pessoal debaixo do tapete dela, quer dominar o país”.
Ele prosseguiu: “Então, o trabalho que o Eduardo Bolsonaro está fazendo merece os parabéns, meus parabéns a ele”.
Indiciado pela PF
Em abril, a Polícia Federal (PF) indiciou Tagliaferro por violação de sigilo funcional com dano à administração pública, no escândalo batizado de Vaza Toga.
Segundo o órgão, Tagliaferro ocupava cargo de confiança na Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação no TSE e “praticou, de forma consciente e voluntária” o alegado crime.
“Por todas as razões delineadas, com amparo nas informações trazidas as autos, com extensa realização de oitivas e amparo na quebra de sigilo telemática deferida, constata-se a materialidade”, diz trecho da PF.
No documento, a PF afirma que o ex-assessor revelou à própria esposa que repassou informações ao jornal Folha de S.Paulo.
“O diálogo deixou evidente que Eduardo divulgou ao jornalista informações que foram obtidas enquanto ele laborada na Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação do TSE. Estas informações deveriam ser mantidas em sigilo”, destaca.
O Brasil deveria ter mais relações comerciais com os Estados Unidos do que com a China para 59% dos brasileiros, de acordo com levantamento do PoderData divulgado nesta quinta-feira (31).
Na outra ponta, 32% optaram por responder que o país deveria se aproximar dos chineses. Os que não souberam responder somam 9%.
Foto: Reprodução
A pesquisa também dividiu os dados em recortes demográficos; os eleitores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em 2022 foram os que mais optaram por escolher os EUA, com 61%, contra 58% dos eleitores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Em relação à escolha da China, os que declararam voto a Lula representam 33%; em Bolsonaro, 30%.
O levantamento ouviu 2.500 pessoas em 182 municípios entre os dias 26 e 28 de julho, por meio de ligações telefônicas. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, e o nível de confiança é de 95%.
A deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP) será interrogada pela justiça italiana na próxima sexta-feira, 1º de agosto. A parlamentar foi presa em Roma, capital do país, na última terça-feira, 29, e se encontra no presídio feminino de Rebibbia.
No interrogatório, a justiça italiana perguntará se Zambelli prefere voltar ao Brasil ou passar por um processo de extradição.
Caso opte pela segunda opção, o juiz deverá decidir se ela ficará presa ou terá medidas cautelares enquanto aguarda o resultado do processo. Os trâmites para concretizar a extradição podem demorar de um ano e meio a dois anos.
Dentre as medidas cautelares que podem ser impostas à parlamentar, estão a prisão domiciliar, a continuidade no presídio ou, até mesmo, a possibilidade de seguir em liberdade enquanto o processo corre.
A defesa da deputada já afirmou que ela deseja permanecer no país e não deve escolher voltar ao Brasil por conta própria.
“Carla busca a não extradição e, obviamente, ser julgada com imparcialidade e justiça”, afirmou o advogado Fábio Pagnozzi, que representa a deputada, por meio de um vídeo publicado no seu Instagram.
O deputado italiano de esquerda Angelo Bonelli, do Partido Europa Verde, diz ter encontrado a deputada em Roma e fornecido o endereço dela à polícia nacional.
O parlamentar europeu era vocal nas críticas à Zambelli e, em junho, pressionou o governo de seu país, questionando ao ministro das Relações Exteriores e da Cooperação Internacional, ao ministro do Interior e ao ministro da Justiça, sobre a permanência de Zambelli na Itália.
A defesa de Zambelli, no entanto, sustenta uma versão diferente. O advogado e a deputada afirmam que ela se entregou às autoridades italianas e busca por um julgamento no país.
A deputada deixou o Brasil após ser condenada pelo STF (Supremo Tribunal Federal) a dez anos de prisão e a perda do seu mandato por ser mentora intelectual da invasão ao sistema do CNJ (Conselho Nacional de Justiça).
Na ocasião, um mandato de prisão falso foi emitido para o ministro Alexandre de Moraes, do STF.
Ministro do STF esteve no camarote da Neoquímica Corinthians/ Foto: Alex Silva/Estadão
Em meio à repercussão internacional das sanções impostas pelos Estados Unidos com base na chamada Lei Magnitsky, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, foi flagrado em clima descontraído durante o clássico entre Corinthians e Palmeiras, válido pelas oitavas de final da Copa do Brasil.
Segundo reportagem publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo (Estadão), Moraes compareceu ao estádio na noite da última quarta-feira (30), onde foi visto sorrindo, acenando e, em determinado momento, realizando um gesto obsceno com as mãos. As imagens circularam nas redes sociais e geraram reações diversas.
A presença do ministro no estádio ocorre justamente no mesmo dia em que seu nome foi incluído na lista de sanções dos Estados Unidos, em um ato simbólico que, segundo o governo americano, visa responsabilizar autoridades por possíveis violações a direitos humanos e atos antidemocráticos.
A Lei Magnitsky, usada como base para a medida, permite ao governo norte-americano sancionar indivíduos considerados envolvidos em corrupção ou repressão. A sanção, de caráter diplomático e financeiro, inclui o congelamento de bens e a proibição de entrada nos EUA.
A atitude de Moraes no estádio, enquanto era alvo de uma medida desse porte, foi interpretada por críticos como um sinal de deboche ou desprezo pela decisão americana.
A matéria completa pode ser lida no site do Estadão.
Depois de semanas de tensão e expectativa, o governo dos Estados Unidos confirmou nesta quarta-feira (30) a aplicação de tarifas de até 50% sobre produtos brasileiros. A medida, anunciada pelo presidente Donald Trump no início de julho, causou apreensão em setores produtivos do Brasil. A boa notícia é que alguns itens importantes da nossa pauta de exportações ficaram de fora – como o suco de laranja, a celulose e os aviões da Embraer.
O decreto oficial, que entra em vigor em sete dias, traz 694 exceções à nova tarifa. Mesmo assim, setores de peso como o café, as carnes e frutas tropicais não escaparam da taxação e agora terão que lidar com um aumento total de 50%, o que pode comprometer severamente a competitividade desses produtos no mercado norte-americano.
Segundo uma estimativa da consultoria Leme, cerca de 41% das exportações brasileiras para os EUA ficaram livres da nova tarifa – o que representa US$ 8,2 bilhões de um total de US$ 20 bilhões exportados entre janeiro e junho deste ano. No entanto, os outros 59% (US$ 11,8 bilhões) dos produtos brasileiros serão impactados.
Especialistas alertam para os efeitos negativos. Para o ex-secretário de Comércio Exterior, Welber Barral, a nova tarifa é “muito alta” e coloca o Brasil em desvantagem. “É uma situação pior do que a enfrentada por países como Japão e Europa, que receberam uma taxação de apenas 15%. A carne, por exemplo, deve perder espaço frente a concorrentes”, disse.
Já o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, avaliou que o impacto econômico, embora relevante, não é o pior cenário possível. Segundo ele, o governo ainda vai analisar com mais profundidade os detalhes da medida antes de tomar alguma ação.
Enquanto isso, setores que escaparam da tarifa comemoram. O diretor executivo da CitrusBR, Ibiapaba Netto, que representa os exportadores de suco de laranja, disse ter recebido a notícia “com alívio e responsabilidade”.
Para os produtores brasileiros que dependem das exportações para os Estados Unidos, o momento agora é de se reorganizar e buscar saídas diante das novas barreiras comerciais.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva convocou uma reunião de emergência no Palácio do Planalto, em Brasília, na tarde desta quarta-feira, 30. O encontro visa debater o impacto da nova sobretaxa imposta pelo governo de Donald Trump sobre produtos exportados pelo Brasil.
A medida, anunciada pela Casa Branca, eleva a tarifa total para 50%, e é justificada pelos Estados Unidos como uma resposta a ações do governo brasileiro que supostamente ameaçam a segurança e a economia norte-americana, incluindo menções à situação política de Jair Bolsonaro e ao ministro Alexandre de Moraes.
Reações à guerra tarifária americana
O documento assinado pelo presidente Donald Trump estabelece uma tarifa adicional de 40%, elevando a alíquota total para 50% sobre produtos brasileiros exportados. As novas taxas entrarão em vigor em sete dias, a partir da data de publicação do decreto, que ocorreu nesta quarta-feira. O documento prevê isenções para certas categorias de produtos, como alimentos específicos, minérios, bens de energia e artigos relacionados à aviação civil.
A justificativa oficial para esta imposição, de acordo com o comunicado da Casa Branca, é a necessidade de “lidar com as políticas, práticas e ações recentes do governo brasileiro que constituem uma ameaça incomum e extraordinária à segurança nacional, à política externa e à economia dos Estados Unidos”.
O texto menciona explicitamente o nome de Jair Bolsonaro (PL), afirmando que ele sofre perseguição por parte do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Resposta brasileira e reunião de emergência
A pauta da reunião emergencial convocada pelo presidente Lula terá como prioridade uma avaliação detalhada da extensão da decisão norte-americana e a formulação de estratégias para mitigar seus efeitos adversos no Brasil.
O governo espera identificar medidas para auxiliar setores econômicos diretamente afetados e garantir a manutenção de postos de trabalho. A crise pode afetar principalmente as multinacionais que possuem fábricas no território brasileiro, conforme levantamentos iniciais.
O vice-presidente Geraldo Alckmin, que tem desempenhado um papel ativo no contato com o setor empresarial e nas tentativas de negociação com as autoridades americanas, é um dos participantes confirmados no encontro.
A lista de convidados inclui os ministros Fernando Haddad (Fazenda), Rui Costa (Casa Civil), Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais) e Jorge Messias (Advocacia-Geral da União). Em razão de viagem aos Estados Unidos, o chanceler Mauro Vieira será representado por um secretário do Itamaraty.
Alvo de sanções do governo americano, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Alexandre de Moraes prepara uma resposta à retaliação. Moraes deverá discorrer sobre a aplicação da Lei Magnistky na sessão do Supremo, nesta sexta (1), data de retomada dos trabalhos do Judiciário.
Ainda é esperada manifestação de outros ministros da Suprema Corte, a exemplo do presidente, Luís Roberto Barroso e do decano, Gilmar Mendes.
O STF tem evitado se posicionar publicamente sobre a mobilização no exterior contra ministros. A avaliação no tribunal é a de que eventuais respostas devem partir do governo federal por via diplomática.
A CNN antecipou que o governo brasileiro também deverá se manifestar sobre as sanções a Moraes. O formato e o timing estão sendo discutido entre Planalto e o Itamaraty. Uma posição do governo ganha urgência maior depois da antecipação por Trump da vigência da tarifa de 50% sobre produtos nacionais.
No início deste mês, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ministro Luís Roberto Barroso, presidente do STF, alinharam, por telefone, que o governo federal concentraria as respostas às decisões dos EUA.
O único ministro do tribunal a se manifestar publicamente foi Flávio Dino.
Dino prestou sua “solidariedade pessoal” ao colega, lembrou que suas decisões são julgadas e confirmadas pelos demais ministros e destacou que Moraes “está apenas fazendo o seu trabalho, de modo honesto e dedicado, conforme a Constituição do Brasil”.