06 agosto 2025

A população sempre acaba pagando a conta por causa daqueles que comandam os destinos da nação

O mundo sempre estará atento a países onde os direitos humanos estão sendo desrespeitados. No entanto, aqui dentro, enquanto os que comandam não reconhecem ou ignoram essa realidade, somos nós — a população — que seguimos pagando o preço pelas consequências dessas ações e omissões, muitas vezes naturalizando o que deveria nos chocar.

Vidas estão sendo perdidas atrás das grades, mesmo quando há pareceres favoráveis da Procuradoria-Geral da República (PGR) para que determinadas pessoas tenham direito a tratamento médico em casa. Isso não é normal.

Não é aceitável que em um país democrático as pessoas tenham medo de expor suas opiniões. Não é normal que jornalistas estejam sendo exilados para preservar sua liberdade e integridade física. Nada disso é normal — e, no fim, quem mais sofre com tudo isso é o povo.

E os prejuízos não param por aí. No campo econômico, o chamado “tarifaço” do presidente americano Donald Trump, que impôs uma sobretaxa de 50% sobre parte das exportações brasileiras, também já mostra seu peso. Segundo levantamento da Folha de S.Paulo, baseado em dados da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), a medida pode provocar a perda de até 146,6 mil empregos no Brasil nos próximos dois anos.

Ainda que cerca de 700 produtos tenham sido poupados da nova tarifa — o que representa 43% das exportações brasileiras aos EUA —, setores como siderurgia e fabricação de madeira serão os mais afetados.

Em resumo, estamos vivendo um tempo em que o silêncio e a omissão têm custo alto. Seja na liberdade de expressão, seja no respeito à vida ou nos impactos diretos na economia, quem paga a conta — sempre — é o povo.

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