O
presidente nacional do Democratas, José Agripino (RN), disse que, ao
enviar o projeto do Orçamento de 2016 com previsão de déficit, o governo
Dilma Rousseff assume que ficou prisioneiro de dois “monstros” que ele
mesmo criou: dívida interna exorbitante e taxa de juros cada vez maior.
“O
governo é prisioneiro de dois monstros que ele próprio criou: dívida
interna chegando em R$ 3 trilhões e taxa de juros passando dos 14%. O
inédito orçamento deficitário explicita crime contra a Lei de
Responsabilidade Fiscal. O pior de tudo é que, ao invés de fazer o que
os brasileiros estão fazendo, apertar o cinto, o governo insiste em
passar para o povo a conta dos seus desmandos”, criticou o parlamentar pelo Rio Grande do Norte.
Para
tentar fechar as contas públicas, o Palácio do Planalto cogitou recriar
a CPMF, o imposto do cheque, mas, diante da péssima repercussão entre
líderes da oposição, representantes do próprio governo e do
empresariado, o Executivo voltou atrás. Agora entregará ao Congresso,
ainda nesta segunda-feira (31), a peça orçamentária com previsão
déficit.
Sem
recursos, o governo optou por deixar explícito que não terá como
economizar o suficiente para pagar os juros da dívida pública e será
obrigado a se endividar ainda mais para bancar suas despesas no próximo
ano. Em vez de um superávit primário de 0,7% do PIB (Produto Interno
Bruto) para todo setor público, sendo 0,55% apenas do Executivo federal,
o governo vai reconhecer que fechará 2016 com um déficit. “A reação maciça da sociedade traduz o sentimento de que ‘o governo erra e quer que a gente pague a conta’”, destacou José Agripino.
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