O Globo– Adversários na corrida pelo Planalto em 2014, os presidenciáveis
Aécio Neves (PSDB), Marina Silva (Rede) e Eduardo Campos (PSB) estão
agora, curiosamente, com os destinos entrelaçados. Sabem que só têm
chance de vencer a presidente Dilma Rousseff, e o PT, se conseguirem
levar a disputa para o segundo turno.
Para que isso aconteça, Campos precisa garantir coligação com pelo
menos um partido para ter tempo de TV. E Marina precisa criar e garantir
tempo em horário nobre para seu partido, o Rede Sustentabilidade.
Até que a campanha comece para valer, os três pré-candidatos estão
conversando e traçando estratégias conjuntas, de ajuda mútua, para
concretizar as candidaturas.
Sem chances de se coligar oficialmente com algum partido da base,
Eduardo Campos vê no MD (ex-PPS) a chance mais concreta para viabilizar
sua candidatura. A legenda, porém, tem um histórico de aliança com o
PSDB.
Mas dirigentes tucanos e o próprio Aécio já admitem, reservadamente,
uma manobra que pode criar ambiente favorável para a ocorrência de
segundo turno: no primeiro turno, o MD se aliaria a Campos, para lhe dar
o tempo de TV. Mais tarde, quem fosse para o segundo turno aglutinaria
forças.
Para o presidente do MD, deputado Roberto Freire, essa articulação já
estaria mais ou menos estabelecida com Aécio e o PSDB. Ele diz ainda
que seus partidários atuam na linha de frente para permitir a criação do
partido de Marina Silva. Lideranças políticas do ex-PPS estão abrindo
postos de coleta de assinaturas para o Rede em vários estados.
Freire avalia que a candidatura de Marina é fundamental para um
segundo turno, e, depois de um confronto direto de toda a oposição, os
três grupos políticos atuariam em coordenação contra a candidatura à
reeleição de Dilma.
Fonte: Blog de Robson Pires
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