De acordo com
dados do Hospital Regional Mariano Coelho referente ao mês de fevereiro foram
atendidos no Serviço de Atendimento de Urgência (SAU) 2.195 pessoas sendo 1.934
pessoas de Currais Novos e 261 dos demais municípios. O que impressiona nos
dados estatísticos do SAU é que 1.857 foram consultas, ou seja, 85% dos
atendimentos são consultas onde muitas delas poderiam ocorrer nos postos de
saúde dos municípios e acabam acontecendo no Hospital. Este número era muito
maior diminuiu um pouco com a implantação da triagem com o objetivo de
esclarecer a população que muitos dos casos não são de responsabilidade do
hospital.
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– O que representa a emergência?
Dr
Giordano – A emergência representa uma situação
ameaçadora, brusca e que requer medidas imediatas de correção e de defesa.
Também significa acidente e necessidade urgente. A urgência no dicionário
médico consta como um estado patológico que se instala bruscamente em um
paciente, causado por acidente ou moléstia e que exige terapêutica médica ou
cirúrgica urgente. Que urge, que deve ser feito com rapidez.
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– A consulta é de quem, do hospital?
Dr
Giordano – “A consulta normal é do PSF, doutor eu estou com uma dor na barriga,
meu braço está doendo, são consultas do PSF. Os postos de saúde tem que
funcionar, os PSFs tem que funcionar verdadeiramente, tem que ter médico de
manhã, médico a tarde, os programas da saúde e da família, tem que funcionar,
se não tudo vem parar no hospital, entendeu?”
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- Mas a questão é no PSF ou na cultura da população?
Dr
Giordano- “É na cultura da população e na falta de médico nos postos de saúde, de
repente a pessoa entende que no hospital é tudo mais prático, mais fácil, a eu
vou lá tem médico, eu vou lá eles me atendem, as vezes a pessoa não quer ir no
posto porque acha que ir lá não tem médico ou vai demorar para ser atendido. A
população precisa entender que o posto deve ser preparado para atender,
Hospital é para urgência e emergência, só que muitas vezes os postos não estão
preparados e as pessoas estão vindo para o hospital para uma simples consulta”.
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– E se caso o paciente estiver muito grave?
Dr
Giordano – “Neste caso os pacientes devem ser encaminhados pelo médico do posto
de saúde, ou dependendo do caso vem direto. Mas na maioria das vezes as pessoas
atropelam tudo e vem direto no hospital ou até mesmo os municípios
circunvizinhos por falta de médico ou de estrutura são encaminham os pacientes
para serem atendidos no hospital, ai o que acontece, sobrecarrega o sistema, ai
o médico daqui fica estressado, porque é muita consulta, o paciente encontra
uma triagem e começa a reclamar porque em muitos casos não serão atendidos no
hospital, o médico está aqui para urgência e emergência e não para consulta
ambulatorial”.
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