15 novembro 2014

Avião com presos da Operação Lava Jato deixa o Rio e chega a Curitiba, PR.



De acordo com a PF, aeronave pousou às 4h20 no aeroporto de Curitiba.
Até a manhã deste sábado (15), 20 pessoas haviam sido presas.


O avião da Polícia Federal que levava presos na Operação Lava Jato deixou o Rio de Janeiro na madrugada deste sábado (15) e pousou no aeroporto de Curitiba, no Paraná, às 4h20 da manhã. De acordo com o órgão, a partida do Aeroporto Internacional Antonio Carlos Jobim, no Galeão, foi adiada na noite de sexta-feira (14) por problemas técnicos detectados pelo piloto. Todos teriam permanecido na aeronave aguardando a decolagem. Ainda segundo a Polícia Federal, o avião transportou 16 detidos que foram levados para a superintendência do órgão na capital paranaense. Eles chegaram ao local por volta de 5h30.
Ao todo, até o início da manhã deste sábado, são 20 presos na nova etapa da operação – quatro se apresentaram à PF do Paraná. A polícia ainda busca foragidos.
A Polícia Federal deflagrou a sétima fase da Operação Lava Jato na manhã de sexta e cumpriu mandados de prisão e de busca e apreensão no Paraná, em São Paulo, no Rio de Janeiro, em Minas Gerais, em Pernambuco e no Distrito Federal. A operação foi desencadeada em março deste ano para desmontar um suposto esquema de lavagem de dinheiro que teria movimentado R$ 10 bilhões, segundo a PF.
De acordo com a PF, foram cumpridos 49 mandados de busca e apreensão. Além disso, foram expedidos nove mandados de condução coercitiva – quando as pessoas são obrigadas a prestar esclarecimentos à polícia – e cumpridos, seis.

Ex-diretor da Petrobras está entre os presos
Quatro presos deixaram a Superintendência da PF, na Praça Mauá, na Zona Portuária do Rio, por volta das 19h15 desta sexta-feira (14). Entre os presos pela PF, está o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque e três presidentes de empreiteiras – José Aldemário Pinheiro Filho (OAS); Ildefonso Collares Filho (Queiroz Galvão); Ricardo Ribeiro Pessoa (UTC).
ndicado para o cargo pelo PT, Duque foi preso em casa, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, e conduzido para a superintendência local da Polícia Federal, na Zona Portuária da capital fluminense.

Em depoimento à PF e ao Ministério Público no mês passado, o ex-diretor de Refino e Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, que fez acordo de delação premiada e atualmente cumpre prisão domiciliar, disse ter conhecimento de irregularidades praticadas na Diretoria de Serviços, na época em que foi comandada por Duque.
Nota divulgada pela assessoria de Renato Duque informou que o ex-diretor foi preso temporariamente e, segundo o texto, não há "notícia de uma ação penal ajuizada contra ele". "Os advogados desconhecem qualquer acusação. [...] A partir do momento em que tomarem ciência do motivo da prisão temporária, realizada para investigações, os advogados adotarão as medidas cabíveis para restabelecer a legalidade", diz a nota.
Também foram expedidos, segundo a Polícia Federal, mandados de prisão de executivos e funcionários das empresas Camargo Correa, OAS, Mendes Junior, Engevix e Galvão Engenharia, UTC e IESA, além de mandados de busca e apreensão nas sedes das empresas Queiroz Galvão, IESA, Galvão Engenharia, Camargo Correa, OAS, UTC/Constran, Odebretch, Mendes Júnior e Engevix. Todas têm contratos com a Petrobras (leia mais abaixo as versões das empresas).


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