O segundo dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) foi marcado por provas mais cansativas, na avaliação de professores ouvidos pela Agência Brasil. Apesar de seguir o padrão de provas anteriores e abordar temas atuais com o mesmo número de questões, o teste deste ano foi considerado mais longo e exigente.
"A prova foi muito longa e a sensação era que não dava tempo para o aluno fazer todas as questões, precisava fazer escolhas", avaliou o professor do Sistema Elite de Ensino, Rafael Coelho. Segundo ele, o exame trouxe textos de autores nacionais, o que é positivo por valorizar a língua e a cultura brasileira. Questões como a exploração sexual, o selfie e o consumo de água foram abordadas no exame. Para ele, é interessante a "busca de conscientizar os candidatos sobre problemas que o país tem".
Ele destacou a questão de matemática sobre o consumo de água. "A questão mostrava que o consumo médio de água no Brasil por pessoa é mais que o dobro do recomendado pela ONU [Organização das Nações Unidas]. Por mais que o Brasil seja um dos países mais favorecidos com água potável, a população pode contribuir para a preservação."
O professor Carlos Fernado Paschoal Oliveira, coordenador dos terceiros anos do Grupo Educacional Alub, concorda que a prova foi bastante cansativa. “Foi mais cansativa que as demais edições porque era mais interpretativa. O candidato tem, em média, três minutos para realizar a questão, o tempo era gasto com a leitura e a interpretação dos itens que eram muito semelhantes”, analisou o professor.
“Eu, que fiz os dois dias de prova, estou em casa muito cansado. E nos dois dias gastei o tempo de prova praticamente todo”, completou, destacando que a prova foi bem elaborada.
Agência Brasil
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