O relatório da medida
provisória (MP) 707/2015, que trata da renegociação de dívidas de
caminhoneiros e agricultores, começou a ser debatido nesta quinta-feira
(14), pela comissão especial que analisa a proposta. Integrante da
comissão, o deputado federal Felipe Maia (DEM), apresentou emenda para
ampliar as hipóteses de adesão ao financiamento, estabelecendo descontos
a partir do valor do crédito e da data de contratação. “A intenção da
emenda que apresentei é expandir o alcance da medida, ampliando o valor
do crédito, o número de pessoas e municípios atingidos e modificando
percentuais dos descontos, buscando beneficiar um número maior de
produtores rurais”, disse.
De acordo com o
parlamentar, a medida provisória original suspenderia até 31 de dezembro
de 2016 o envio das operações de crédito em atraso para inscrição em
dívida ativa e cobrança judicial. No entanto, o relatório elaborado pela
comissão garante um prazo maior para agricultores prejudicados pela
seca no Nordeste negociarem seus débitos e estica para 31 de dezembro de
2017 a data de suspensão.
Para o parlamentar, as
propostas que vinham sendo feitas pelo governo federal muitas vezes não
acompanhavam a gravidade dos problemas enfrentados pelos produtores da
região, fruto dos longos períodos de seca, e acabavam sendo
insuficientes. Segundo Maia, a intenção dos membros da comissão é
apresentar uma solução categórica para os débitos dos produtores. “A
realidade é que os agricultores não conseguem honrar seus compromissos,
pois vivem numa região com estiagens constantes e prolongadas. Os
produtores querem pagar suas dívidas, mas isso fica impossível quando se
perde a safra. Nosso intuito é criar condições para que os agricultores
honrem seus compromissos”, afirmou.
A medida provisória
deve ser votada na Comissão Especial na próxima terça-feira (19) e segue
para votação em separado nos plenários da Câmara e do Senado.
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