10 dezembro 2025

Amorim afirma a jornal inglês que Brasil não irá pressionar Maduro a renunciar

Em entrevista ao jornal britânico The Guardian, o ex-chanceler Celso Amorim — hoje assessor especial da Presidência para Assuntos Internacionais — declarou que o Brasil não pretende pressionar o ditador venezuelano Nicolás Maduro a deixar o poder.

A fala ocorre em meio a um aumento significativo da tensão internacional. Nas últimas semanas, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que Washington deve iniciar uma ação militar terrestre na Venezuela sob o argumento de combate ao narcotráfico. A operação, que já ocorre em águas internacionais no Mar do Caribe e no Oceano Pacífico, teria deixado mais de 80 mortos, segundo fontes internacionais.

A agência Reuters revelou ainda que, durante uma ligação feita em novembro, Trump teria dado a Maduro um prazo de uma semana para abandonar o país — ultimato que, obviamente, não foi cumprido.

Na entrevista publicada nesta segunda-feira (8), Amorim criticou duramente o anúncio de Trump de que o espaço aéreo venezuelano estaria “completamente fechado”, classificando a medida como “um ato de guerra”.

A posição brasileira, segundo Amorim, permanece a mesma: dialogar, evitar escalada militar e não interferir diretamente na permanência ou saída de Maduro — mesmo diante de uma pressão internacional crescente.

Nenhum comentário:

Postar um comentário