Enquanto movimentos feministas no Brasil cobram avanço na descriminalização, vizinhos argentinos ainda lidam com a repercussão de uma morte após aborto legal.
No Brasil, a descriminalização do aborto voltou aos holofotes após a saída de Luís Roberto Barroso da presidência do Supremo Tribunal Federal (STF). Grupos feministas esperavam que o ministro avançasse no julgamento iniciado por Rosa Weber, que votou a favor da interrupção da gravidez até as 12 primeiras semanas.
Barroso, considerado um voto favorável à pauta, preferiu não pautar o processo, alegando que o país não está preparado para essa discussão e que não haveria votos suficientes na Corte. Com isso, a expectativa recai agora sobre o novo presidente, Edson Fachin, que poderá decidir o futuro da ADPF 442.
Enquanto o Brasil se divide sobre o tema, um caso na Argentina reacende o debate sobre os riscos do aborto legalizado. Em 2021, a jovem María del Valle González López, de apenas 23 anos, presidente da Juventude Radical de La Paz (Mendoza), morreu após se submeter a um aborto legal em um hospital público.
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| Protesto contra a legalização do aborto na Argentina, que reuniu milhares de pessoas no em 28 de novembro de 2020. (Foto: Reprodução / Radio FM 96.5 Power Station / Facebook) |
O episódio gerou forte repercussão: grupos pró e contra o aborto se manifestaram nas redes sociais, destacando a complexidade e os riscos envolvidos na legalização do procedimento.

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