Presidente do DEM comenta inicio do julgamento do mensalão
O
Supremo Tribunal Federal (STF) nunca se debruçou em um processo tão
grande e ardiloso como o do mensalão, acredita o presidente nacional do
Democratas, José Agripino (RN). Nesta quinta-feira (2), a corte começa a
julgar – sete anos depois do estouro – o maior escândalo do governo
Luiz Inácio Lula da Silva de compra de voto para que parlamentares
votassem a favor dos projetos do Executivo.
“Nunca
o Supremo se debruçou com um processo tão grande e ardiloso. É uma
votação histórica e eu tenho muita confiança de que o STF valorizará, em
primeiro plano, as nossas instituições”, disse o senador, que também é
líder do Democratas no Senado. “A sociedade brasileira está atenta à
votação. Acredito que milhões de brasileiros esperam um julgamento
rigoroso a fim de que se estabeleça uma marca histórica contra a
impunidade e a corrupção no Brasil”, acrescentou Agripino.
Para
José Agripino, não há dúvidas de que o mensalão existiu e regou os
cofres do PT com mais de R$ 100 milhões. Até mesmo o procurador-geral da
República, Roberto Gurgel, em memorial enviado recentemente aos
ministros do STF, nomeou o mensalão como “o mais atrevido” e escandaloso
esquema de corrupção flagrado no Brasil. Nas palavras de Gurgel, “sob o
firme comando de José Dirceu”, a quadrilha se especializou em desviar
dinheiro público e comprar apoio político, com o objetivo claro de unir
forças para garantir a perpetuação do projeto de poder do PT.
A ação
tem 50 mil páginas, 38 réus e 600 testemunhas. Ao todo, acredita-se que o
julgamento consumirá cerca de 90 horas em mais de 15 sessões do
plenário. Os réus do processo, entre eles os petistas José Dirceu, José
Genoíno e Delúbio Soares, respondem aos crimes de corrupção ativa,
corrupção passiva, evasão de divisão, formação de quadrilha, gestão
fraudulenta, lavagem de dinheiro e peculato. A pena mínima é de um ano
de prisão para formação de quadrilha e a máxima de 12 anos para
peculato, gestão fraudulenta e corrupção ativa e passiva.
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