Hino comunista no último adeus
Rio (AE) - Ao som de Carinhoso e da Internacional, o corpo do arquiteto Oscar Niemeyer foi enterrado às 18h de ontem diante de mais de 400 pessoas, contrariando a decisão da família de fazer uma cerimônia fechada. Além de parentes e amigos, admiradores anônimos e curiosos acompanharam o sepultamento, no Cemitério São João Batista, em Botafogo, na zona sul do Rio. A música de Pixinguinha foi tocada pela Banda de Ipanema, da qual Niemeyer era patrono, e o hino dos comunistas, cantado por velhos companheiros de militância do arquiteto. Niemeyer morreu na noite da última quarta-feira, aos 104 anos.
O enterro ocorreu depois de quase nove horas de velório, no Palácio da Cidade, sede oficial da prefeitura do Rio. O palácio foi aberto ao público entre 8h30 e 16h. Antes da saída do caixão, às 17h15, cerca de 150 pessoas assistiram a um culto ecumênico. A viúva, Vera Lúcia, ficou ainda mais emocionada quando, de mãos dadas, o público cantou a música Suíte do Pescador, de Dorival Caymmi, puxada pelo pastor luterano Mozart Noronha.
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