
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Marco Aurélio Mello classificou nesta sexta-feira (4) como um "arroubo de retórica" a declaração do deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), favorito para comandar a Câmara a partir de fevereiro, de que, se eleito, não cumprirá a decisão da corte sobre a perda automática do mandato dos condenados no julgamento do mensalão.
Marco Aurélio avalia que o tribunal deve dar um "desconto" ao candidato à presidência da Câmara. "Temos que dar um desconto, pois ele está numa caminhada política e diz isso para agradar a Casa. Uma coisa é a voz política de um candidato, a outra é a voz ponderada de um presidente da Câmara", afirmou o ministro. "Só espero que prevaleça a voz ponderada. Mas neste momento, ele tem que atender sua clientela interna".
Favorito para chefiar Câmara diz que desobedecerá ao STF
Em entrevista à Folha, o deputado disse que o Congresso não abrirá mão da prerrogativa de dar a palavra final sobre o caso, o que inclui votação secreta no plenário da Casa, onde uma cassação só ocorre com o apoio de pelo menos 257 dos 513 deputados.
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