Revista Época: "Polícia Federal investiga pagamento de propina a Henrique Alves"
Pouco mais de uma semana antes da eleição para Presidência da Câmara, o deputado federal Henrique Eduardo Alves (PMDB) volta a ser alvo de denúncias na imprensa nacional. Neste sábado, foi a vez da revista Época trazer em destaque uma investigação da Polícia Federal, remanescente da Operação Navalha, de 2007.
Na denúncia, o parlamentar do Rio Grande do Norte é acusado de receber propina para facilitar o acerto de contratos da empresa de Zuleido Veras, a construtora Gautama, com ministério em Brasília e governos estaduais. Segundo a revista, a propina também foi paga ao senador Renan Calheiros (PMDB), candidato favorito à Presidência do Senado.
“As provas constituem-se de interceptações telefônicas autorizadas pela Justiça, relatórios de vigilância dos assessores de Renan e Henrique Alves, recibos bancários, anotações em agenda – e até uma contabilidade de caixa dois, preparada pelo tesoureiro de Zuleido”, diz Época.
Uma das obras suspeitas de terem sofrido influência tanto de Henrique como de Renan é a barragem Duas Bocas/Santa Luzia, em Alagoas, que deveria abastecer a região metropolitana de Maceió.
“A busca de Zuleido para liberar dinheiro para a obra mobilizou tanto Renan quanto assessores de Henrique Alves. Era uma obra de R$ 77 milhões que, depois de receber R$ 30 milhões, está parada. Nada mudou. Assim como nada mudou em Brasília, onde os personagens envolvidos nesse desvio continuam em seus cargos”.
A aproximação de Zuleido com Henrique se deu por meio de Francisco Bruzzi, “assessor e braço direito do deputado”, conta a revista. “Às 8h43 do dia 9 de março, Zuleido liga para o celular de Bruzzi. Tenta tranquilizá-los. ‘O material está chegando hoje à tarde.’ Bruzzi fica aliviado: ‘Ainda bem, porque o homem está me cobrando’. Quem seria esse ‘homem’? Não fica claro no diálogo. Mas o único chefe de Bruzzi era o deputado Henrique Alves”, revela Época.
FONTE: JORNAL DE HOJE
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