José Agripino: É momento de o país prestigiar o capital privado

Crédito foto:  Mariana Di Pietro

Em seu primeiro discurso após a abertura dos trabalhos legislativos, o líder do Democratas no Senado, José Agripino (RN), criticou a gastança pública desenfreada do governo federal e disse que é momento de o Brasil prestigiar o capital privado e os modelos de participação, como o de Parceria Público Privada. “Não dá mais para continuar com essa brincadeira. Se insiste em curar a febre quebrando o termômetro. Só há um caminho: controlar a gastança pública. Não dá mais para continuar com esse modelo capenga que o Brasil vem adotando em comparação com outros países da nossa dimensão”, frisou.

Segundo o senador potiguar, ao contrário de outras nações como México, Peru, Equador e Chile - que aplicaram em infraestrutura nos tempos de “bonança” -, o Brasil deixou de olhar para o futuro, investir em setores primordiais e hoje colhe consequências graves como a volta da inflação, a estagnação econômica e a falta de competitividade do país no cenário internacional.

“Até 2008 o Brasil viveu um momento de bonança. Nadou de braçada, com recordes sucessivos de arrecadação. Outros países, que viviam a mesma situação que a nossa, aplicaram naquilo que era prioritário: infraestrutura, ou seja, se prepararam para serem competitivos”, explicou o parlamentar. “Enquanto isso o Brasil não investiu em estrada, portos, aeroportos, na diminuição da carga tributária, na qualificação de seus quadros, muito menos na desburocratização do sistema administrativo”.

José Agripino comentou ainda a queda da competitividade da indústria brasileira. De 2008 a 2011, a falta de agressividade do setor custou US$ 14 bilhões ao país. “Enquanto isso os gastos dos brasileiros no exterior chegam a quase US$ 15 bilhões por mês. O brasileiro compra lá fora porque lá é tudo muito mais barato, do restaurante à camisa. Lá fora a gastança pública é menor, os custos dos Estados Unidos e Europa serão menores porque a infraestrutura está feita”, lembrou o líder democrata.

Assessoria do senador José Agripino (Democratas RN)