16 maio 2013

Manutenção dos indicadores sociais exige crescimento do PIB acima de 3% ao ano


Se o Brasil quiser manter o avanço dos indicadores sociais registrado entre 1970 e 2011, terá de perseguir um crescimento econômico acima de 3% ou 5% por ano. A conclusão está no estudo Desenvolvimento Social no Brasil, apresentado hoje (15) no 25º Fórum Nacional, no Rio, pelo economista Roberto Cavalcanti de Albuquerque, diretor técnico do Instituto Nacional de Altos Estudos (Inae).
Segundo ele, o grande progresso social apresentado pelo Brasil nos últimos 40 anos está acoplado ao próprio crescimento econômico do país. “Quando o desempenho da economia cai, a tendência dos indicadores sociais é empobrecer, é perder força”, disse Albuquerque à Agência Brasil.
Os números mostram que nos anos de 1970, que tiveram forte expansão econômica, o indicador de desenvolvimento social cresceu 4% ao ano, enquanto no período de 1990 a 2000, considerado sombrio para a economia brasileira, houve grande queda nos indicadores, entre eles os de emprego e de educação, ressaltou o economista.
Na avaliação do diretor do Inae, a retomada registrada a partir de 2000 até 2010 não foi, porém, suficiente para preencher a lacuna existente. “De forma que no período todo [de 1970 a 2011], o crescimento do indicador social chave, que é o Índice de Desenvolvimento Social (IDS), foi apenas 2% ao ano”. Isso explica, segundo ele, o atraso brasileiro com relação a outros países que tiveram um desempenho melhor, tanto econômico como social.
Agência Brasil

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