Caixa Econômica admite erro em confusão sobre o Bolsa Família
O episódio do Bolsa Família é um dos sinais mais claros que a campanha presidencial foi antecipada em mais de um ano.
Um erro da Caixa Econômica - admitido ontem (27) com o devido pedido de desculpas do presidente da CEF, Jorge Hereda - provocou o pânico entre os beneficiários do programa no dia 18, no rastro de boatos de que o Bolsa Família poderia acabar.
Um dia antes, no dia 17 de maio, a Caixa liberou os saques do programa, desconsiderando o calendário que havia imposto a todos as famílias cadastradas. Fez isso sem comunicado prévio, sem avisar a ninguém. Resultado: o dinheiro fora de época foi o estopim para a boataria.
No calor do boato, o primeiro escalão do governo entrou em campo para insinuar que o problema era coisa da oposição. Que haveria inquérito e que os responsáveis seriam punidos dentro dos rigores da lei. Deram com os burros n'água.
O boato não foi provocado pela oposição - tucanos, demos ou coisa que o valha. O problema do Bolsa Família foi provocado por gente do governo. Vexame total!
O pedido de desculpas do governo não deve ficar restrito ao presidente da CEF, Jorge Hereda.
Devem se desculpar os ministros que insinuaram que a oposição cometeu um crime - Maria do Rosário (Direitos Humanos) e José Eduardo Cardozo (Justiça) - e o presidente nacional do PT, Rui Falcão, que disparou "alertas" aos militantes petistas nas redes sociais.
Não houve crime. Houve erro da Caixa.
Episódios como esse do Bolsa Família só servem para gerar radicalismos. E nenhum radicalismo político é bom para o país.
A sociedade brasileira não deve tolerar exageros da oposição nem do governo.
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