31 julho 2013

Sem abrir mão de ser flamenguista, Luxa garante: 'Hoje quero bater neles'

Técnico, que divide opiniões no clube, não foge das perguntas sobre seu clube do coração na primeira entrevista e elogia Abel: 'É um vencedor'

Vanderlei Luxemburgo não perdeu tempo. Quase 24 horas depois de Abel Braga deixar o comando técnico do Fluminense, o novo treinador assumiu o clube, arregaçou as mangas e foi para o campo. O primeiro treino teve orientação ao capitão Fred, ensaio de saída de bola, aprimoramento de cobranças de falta, pênaltis e algumas jogadas ensaiadas. Depois de colocar a mão na massa, o técnico concedeu entrevista coletiva para ser apresentado nas Laranjeiras e não fugiu das perguntas nem mesmo sobre sua identificação com o rival Flamengo. Torcedor assumido e com três passagens pela Gávea no currículo, Luxa garantiu que não vai deixar de ser flamenguista. Mas avisou: agora quer bater no rival.


 Todos nós temos um time. Cansei de ir ao estádio torcer pelo Flamengo na minha infância. Mas hoje sou profissional. O Fla é meu adversário, não meu inimigo. Em 1986 eu vivi uma situação engraçada quando trabalhei nas Laranjeiras. O presidente do Fluminense disse que no clube não entrava rubro-negro. Eu perguntei: 'Por onde saio (risos)'?. Eu não vou abrir mão de ser flamenguista e quando encerrar minha carreira vou querer ajudar o clube de alguma maneira. Mas hoje eu quero bater no Flamengo toda vez que enfrentá-lo no comando do Fluminense - avisou o treinador.
                    Luxemburgo sorri em sua apresentação: sem medo de falar da relação com o Fla (Foto: Roberto Filho)

Com uma passagem interina pelo profissionais do Fluminense em 1986, Luxa já teve a experiência, embora curta, de dirigir o time principal tricolor em 13 partidas. O treinador, então comandante dos juniores, viajou com a equipe pó-de-arroz para excursão pela Europa e comandou o time contra o Manchester United, da Inglaterra, e o Bayern de Munique, da Alemanha, entre outros jogos. No total foram quatro vitórias, quatro derrotas e cinco empates. Agora ele espera reescrever a história e diminuir a rejeição por parte dos tricolores.
- A rotina de treinador é essa mesmo. A rejeição ontem era uma, hoje já diminuiu e amanhã, se vencermos, tudo melhora ainda mais. Não podemos esquecer que o Abel, mesmo com toda sua identificação com o Fluminense, foi questionado após algumas derrotas - frisou.

Em enquete realizada pelo GLOBOESPORTE.COM, os torcedores do Fluminense se mostraram divididos com a contratação. 50,3% se mostraram favoráveis ao nome, enquanto 49,7% foram contra. O novo técnico dividiu opiniões também na diretoria. Desejado pelo presidente da patrocinadora, Celso Barros, não ganhou a simpatia de algumas pessoas. O próprio presidente tricolor, Peter Siemsen, tinha suas restrições. O contrato vai até o fim do ano, mês em que o primeiro mandato de Siemsen se encerrado.

- A opção do contrato foi porque o mandato da diretoria termina no fim do ano. Queremos chegar à Libertadores e se posível conquistar algum título em 2013. Depois vamos conversar. No Grêmio tive esse problema. Fui contratado por um presidente e meses depois entrou uma nova diretoria - explicou.



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