Durante sabatina nesta quinta-feira (29), na Comissão de Constituição e
Justiça (CCJ) do Senado, com o indicado para a Procuradoria Geral da República,
Rodrigo Janot, o líder do Democratas José Agripino elogiou iniciativa do
jurista de, caso tenha seu nome aprovado pela Casa, criar uma ouvidoria no
Ministério Público Federal (MPF) para ouvir cidadãos, parlamentares e outros
representantes da sociedade civil. “Entendo que Vossa Excelência está preparado
para o cargo. Essa secretaria será um importante meio para ouvir os reclamos de
dirigentes, parlamentares e cidadãos e também para filtrar os excessos
praticados algumas vezes na acusação de pessoas inocentes”, frisou o senador.
Durante a sabatina, José Agripino contou sua experiência como governador
do Rio Grande do Norte por duas vezes em que criou uma espécie de “Ministério
Público” ao instituir a função de “cães de guarda”, que fiscalizavam o uso da
coisa pública. “Na minha época de governador, o Ministério Público já existia,
mas sua atuação não era tão abrangente como hoje. Então, criei os ‘cães de
guarda’, que filtravam eventuais iniciativas que não tinham a ver com o
interesse público”, contou o parlamentar. “O resultado disso é que, nestes 33
anos de vida pública, não tenho um processo porque minha atuação sempre foi
feita com visão na ética e no equilíbrio”, acrescentou.
O jurista Rodrigo Janot foi indicado pela presidente Dilma Rousseff para
ocupar a vaga de Roberto Gurgel. Janot ingressou no MPF em 1984 e em 2003
ocupou o cargo de subprocurador. “A sabatina é um importante meio para que o
indicado ao cargo conheça o pensamento dos senadores, que são os representantes
da população brasileira”, concluiu Agripino.
Nenhum comentário:
Postar um comentário