Às voltas com o descontentamento da base de sustentação no Congresso e com a insatisfação popular externada nos protestos de rua e refletida na queda acentuada de popularidade, o governo da presidente Dilma Rousseff tornou-se refém das próprias tentativas de contornar a crise. Desde junho, o Executivo precisou reconsiderar uma série de medidas, portarias e até mesmo projetos legislativos considerados estratégicas pelo Palácio do Planalto. Seja pela precipitação das propostas anunciadas ou por conta da pressão de partidos e da sociedade civil organizada, o recuo tornou-se frequente nas últimas semanas — desistir de iniciativas em momentos de baixa popularidade também ocorreu com antecessores. Hoje, a principal crítica de aliados, da oposição e de entidades de classe é a falta de debate antes de anunciar propostas.
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