30 outubro 2013

Greve dos bancários aumentou uso do cheque especial, que tem juros mais altos

Com a greve dos bancários, os clientes usaram mais o cheque especial, mesmo com taxa de juros mais alta em relação a outras modalidades para pessoas físicas, disse hoje (29) o chefe do Departamento Econômico do Banco Central (BC), Tulio Maciel. A greve dos bancários começou no dia 19 de setembro e terminou em meados deste mês.  
De acordo com Maciel, com a greve, os clientes deixaram de fazer depósitos para cobrir a conta e não tiveram acesso a modalidades de crédito com taxas mais baixas. “O cheque especial, quer seja pela restrição ao acesso para depósito ou por ser crédito prontamente disponível, pode ter crescido nesse período por causa da paralisação”, disse ele.
A taxa de juros do cheque especial subiu 4,4 pontos percentuais de agosto para setembro, chegando a alcançar 143,3% ao ano. O saldo dessa modalidade subiu 4,3%, em setembro, atingindo R$ 22,032 bilhões.
Maciel acrescentou que, no caso de crédito imobiliário, modalidade em que é preciso ter acesso às agências para fechar os contratos, houve redução nas concessões. De agosto para setembro, a queda nas concessões do crédito imobiliário ficou em 9,5%. As concessões desse tipo de crédito totalizaram R$ 10,234 bilhões para pessoas físicas.
No total, as concessões de crédito com recursos livres para pessoas físicas caíram 8,8%, no mês, e ficaram em R$ 18,280 bilhões. O saldo total das operações de crédito (R$ 2,598 bilhões) teve expansão de 0,8%, em setembro. Em agosto o crescimento foi maior: 1,3%.
Agência Brasil

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