16 dezembro 2013

Com segurança reforçada, STJD julga casos de Flamengo e Lusa e pode livrar o Fluminense da degola.



O 15° andar do prédio número 35 da Rua da Ajuda, no Centro do Rio, é o local da última rodada do Campeonato Brasileiro de 2013. Na sede do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) os craques da bola dão lugar a advogados e suas oratórias a partir das 17h30, quando Portuguesa e Flamengo serão julgados pela escalação irregular, segundo a CBF, dos jogadores Heverton e André Santos, respectivamente, contra Grêmio e Cruzeiro, no último jogo do ano.
O Fluminense também é protagonista do dia e pode ressucitar após o rebaixamento se herdar a vaga em caso de punição dos clubes, que podem perder quatro pontos, pena prevista no artigo 214 do Codigo Brasileiro de Justiça Desportiva. Numa sala com capacidade para 40 pessoas sentadas, o destino de três clubes e o interesse de milhões de torcedores começará a ser decidido pela Primeira Comissão Disciplinar do STJD.
— A denúncia da procuradoria é lida pelo relator do processo. Em seguida, os clubes vão apresentar as provas que tiverem. O procurador pode usar a palavra para sustentar a acusação, assim como os advogados. Por último, o relator abre a votação e é seguido pelos auditores e pelo presidente — explica o presidente da Comissão Disciplinar, Paulo Valed Perry, 68 anos, há dez no STJD.
Como Fluminense e Flamengo manifestaram-se como interessados no julgamento da Portuguesa, que será o primeiro, seus representantes também terão a fala. Durante a sessão, que terá segurança reforçada, não é permitida a presença de torcedores, mas deve haver protestos. Perry lembrou que o caso da máfia do apito, em 2005, foi o último com apelo na era dos pontos corridos.
— A repercussão é séria. Mas para nós é mais um caso. O julgamento é técnico.
Decisão deve ter recurso em até três dias
Após o resultado do julgamento para Portuguesa e Flamengo, tanto os clubes diretamente envolvidos quanto os advogados dos demais interessados — o Fluminense, principalmente — podem entrar com recurso em três dias para ser julgado no Pleno do Superior Tribunal de Justiça Desportiva, em sessão presidida pelo mandatário do STJD, Flavio Zveiter.
Cumprindo o prazo, os clubes ainda precisam aguardar que um novo julgamento seja marcado. Segundo o presidente da Primeira Comissão Disciplinar, Paulo Valed Perry, não é possível garantir que um desfecho definitivo seja conhecido esse ano.
— Não é recebe hoje, julga amanhã. Tem que publicar, ver os documentos. Acabar esse ano é possível, mas antes do Natal é difícil — explicou Perry. Essa decisão do Pleno não cabe recurso. Os clubes só tem a opção de entrar na Justiça comum para buscar seus direitos. A novela ainda vai continuar.







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