12 dezembro 2013

'Não vejo escapatória' para a Portuguesa, diz procurador

O clima é de tensão entre jogadores, dirigentes e torcedores da Portuguesa.
O procurador-geral do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva), Paulo Schmitt, disse à Folha acreditar que a lista de clubes rebaixados à Série B de 2014 vai mudar na próxima segunda-feira. Ou seja, a Portuguesa cairia enquanto o Fluminense voltaria para a Série A. 
Ocorreu o seguinte: no último domingo, na última rodada do Brasileiro, a Portuguesa escalou irregularmente o meia-atacante Héverton.
O jogador havia sido suspenso pelo STJD por dois jogos devido a expulsão contra o Bahia, em 23 de novembro.
 Héverton já tinha cumprido um jogo de suspensão contra a Ponte e deveria se ausentar no segundo, diante do Grêmio, no último domingo. Mas isso não aconteceu. 
 Rubens Cavallari-22.maio.2013/Folhapress
 O meia-atacante Héverton, no centro de treinamento da Portuguesa

"Eu não tomo a decisão, quem julga é o tribunal. Mas, infelizmente para a Portuguesa, que é um clube pelo qual tenho simpatia, eles infringiram o regulamento e terão de arcar com isso. Não vejo escapatória", crê Schmitt.
A direção da Portuguesa indicou duas razões para a entrada irregular do jogador em campo: primeiro, não foi comunicada da suspensão pelo seu próprio advogado; além disso, segundo a cúpula do clube, deveria haver um dia útil entre o julgamento e a partida em que a suspensão teria de ser cumprida.
O procurador não concorda com as alegações da Portuguesa. "O advogado designado [Osvaldo Sestário] representou o clube diante do tribunal. Para efeito jurídico, ele era a Portuguesa no julgamento da sexta", diz Schmitt, que completa: "As decisões da justiça desportiva não levam em conta dias úteis".
Se condenada, a Portuguesa vai perder quatro pontos: três mais o número de pontos conquistados no empate contra o Grêmio.
Por tabela, uma condenação da Portuguesa livra o Fluminense de cair para a segunda divisão. A Lusa ficaria com 44 pontos, em 17º lugar. O Fluminense, com 46, escaparia da degola.



Nenhum comentário:

Postar um comentário