Assessoria Caern
Garantir o fornecimento de água para os Estados do Nordeste mais vulneráveis aos efeitos da estiagem é a proposta do Projeto de Transposição do rio São Francisco, que está com diversas frentes de trabalho em Pernambuco e Paraíba. Nos últimos dias, a gerente de Controle de Empreendimentos da Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern), engenheira civil Maria Geny Formiga, que integra o Comitê da Bacia Hidrográfica do rio Piancó, Piranhas, Açu, visitou vários trechos de obras, junto a engenheiros e técnicos de outros Estados. Ela voltou otimista com o que viu nas construções no município de São José de Piranhas (Paraíba) e em Cabrobó (Pernambuco) onde estão sendo edificados túneis e estações para bombeamento de água.
O projeto contempla 390 municípios dos estados Ceará, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte, oferecendo condições seguras de abastecimento para aproximadamente 12 milhões de pessoas até 2025. Para Geny Formiga, vários municípios potiguares terão abastecimento garantido pela transposição através das bacias de Açu e Apodi. Durante a visita, a gerente de Empreendimentos disse que “a obra é de uma magnitude fantástica, com estruturas fabulosas que movimentam profissionais de várias áreas técnicas além da utilização de inúmeros e diversos equipamentos de última geração”. Geny recomenda a visita dos profissionais e técnicos que atuam no setor de engenharia, a conhecerem as obras da transposição do São Francisco.
O engenheiro Salatiel Venâncio compartilha com Geny a dimensão do projeto, afirmando que não tinha noção da grandeza da obra, a começar pelos canais e túneis, chegando até às elevatórias. “Tudo monumental”, enfatizou. Do total da água de superfície disponível no Nordeste, 70% está na bacia do rio São Francisco que possui disponibilidade hídrica média para 7000 metros cúbicos por habitante ao ano. Enquanto isso, na área conhecida como Nordeste Setentrional, que abrange Ceará Paraíba e Rio Grande do Norte, a disponibilidade hídrica de superfície cai para 550 metros cúbicos/hab/ ano. Este é o setor mais vulnerável da região Nordeste onde as chuvas são escassas e o cenário de seca predomina, causando prejuízos incalculáveis à vida (humana, animal e vegetal), incluindo áreas urbanas dos municípios. Segundo Geny Formiga, o projeto vai beneficiar áreas estratégicas para desconcentração do desenvolvimento em Pernambuco (Brígida, Terra Nova, Pajeú, Moxotó, Agreste); no Ceará (Cariri, Salgado, Jaguaribe, Banabuiú); na Paraíba (Piranhas e Paraíba) no RN (Apodi e Açu).
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