Revisão da balança comercial divulgada ontem (15) pela Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), no Rio de Janeiro, aponta que as exportações do país, este ano, totalizarão cerca de US$ 228,240 bilhões, com queda de 5,8% em relação aos US$ 242,179 bilhões exportados em 2013. Também para as importações, a projeção é queda de 5%, fechando o ano com US$ 227,605 bilhões, ante US$ 239,621 bilhões no ano passado. Com isso, o superávit esperado atinge US$ 635 milhões, com redução de 75,2% em relação ao saldo de US$ 2,558 bilhões obtido em 2013.
O presidente da AEB, José Augusto de Castro, disse à Agência Brasil que o atual superávit comercial resulta da queda nas importações, em função da redução do ritmo da atividade econômica, da elevação do nível de inadimplência e da diminuição do nível de emprego. “Esses fatores todos é que estão provocando queda nas importações, porque a taxa de câmbio é favorável à importação. O que ocorre hoje é que a demanda está claramente contida no mercado interno. Então, a queda nas importações ajuda a que ainda tenhamos superávit”, explicou.
Dois fatores contribuem para a redução nas exportações, disse Castro. Um deles é a redução dos embarques de plataformas de petróleo - foram sete em 2013, com valor exportado de US$ 7,7 bilhões, e este ano serão apenas duas, com valor de US$ 2,5 bilhões. O segundo fator é a Argentina. O presidente da AEB prevê que a redução das exportações brasileiras para o mercado argentino alcance este ano entre US$ 3 bilhões e US$ 4 bilhões. A redução nos embarques está, no momento, em torno de US$ 1,9 bilhão, informou, e acrescentou que “isso tudo faz com que a gente tenha uma redução forte nas exportações, principalmente de produtos manufaturados”.
Agência Brasil
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