O deputado federal Rogério Marinho (PSDB) criticou a
entrevista da presidente Dilma Rousseff (PT), concedida após mais de
dois meses de silêncio em meio aos desdobramentos do escândalo do
Petrolão. De forma irônica, o tucano disse que só falta a petista acusar
o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso pelo assassinato da
personagem fictícia Odete Roitman e do ex-presidente americano John
Kennedy.
“A entrevista da presidente foi tão
infeliz que gerou uma enxurrada de comentários irônicos nas redes
sociais. Estão dizendo que só falta acusar FHC pelo assassinato de Odete
Roitman e de John Kennedy”, disse Rogério durante entrevista concedida
na manhã desta segunda-feira (23), na 94 FM.
Odete
Roitman é uma famosa personagem da novela global Vale Tudo, sucesso nos
anos 80. A vilã, interpretada pela atriz Beatriz Segall, acabou sendo
assassinada no decorrer do folhetim. Já John Kennedy, considerado uma
das maiores personalidades do século XX, foi assassinado em 1963,
durante um atentado no Texas. Obviamente, nenhum dos dois casos tem
qualquer relação com FHC.
As ironias dizem
respeito ao posicionamento adotado por Dilma Rousseff em relação ao
escândalo na Petrobras. A presidente disse que, se a corrupção na maior
estatal do país tivesse sido investigada entre os anos de 1996 e 1997,
ou seja, na gestão de FHC, os crimes identificados na Operação Lava Jato
não teriam sido cometidos.
“Era melhor ter
ficado calada. Esse é um governo que teima em olhar o passado de forma
caolha e vesga. O PT transformou a corrupção em método e prática, passou
a ser algo sistematizado, virou regra”, disse Rogério Marinho. O tucano
ainda lamentou que a Petrobras tenha perdido grande parte do seu valor
de mercado devido ao “desgoverno e aos equívocos cometidos pela atual
gestão”.
Rogério defende a tese de que a
presidente da República, Dilma Rousseff (PT), por ter sido presidente do
Conselho de Administração da Petrobras, tem responsabilidade sobre os
desmandos e prejuízos cauados na empresa.
“Qualquer
decisão de um presidente de uma empresa precisa ser corroborada pelo
seu Conselho de Administração já que é uma empresa que tem ações na
bolsa de valores e a presidente do Conselho de Administração por todo o
governo de Lula, inclusive na compra de Pasadena, na definição da
construção de Abreu e Lima, e das refinarias Premium do Ceará e do
Maranhão, a ampliação da Copel no Rio de Janeiro era a então ministra de
Minas e Energia e depois chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. Então,
para mim está claro que houve a responsabilidade da presidenta nas
decisões equivocadas que geraram tanto prejuízo para a companhia, como
na possibilidade do superfaturamento, do sobrepreço”, disse Rogério.
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