05 março 2015

Gás e biomassa podem ser solução para segurança energética do país, diz Rogério



O deputado federal Rogério Marinho discursou no plenário da Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (04) para criticar a gestão Dilma Rousseff em relação a crise energética enfrentada pelo Brasil. As palavras do parlamentar foram ditas durante a sessão extraordinária da comissão geral que contou com a presença do ministro das Minas e Energia, Eduardo Braga. O tucano disse que é preciso "repensar a política energética brasileira".



"É necessário repensarmos essa situação. É evidente que nós temos uma janela de oportunidades, por exemplo, com o gás e com a biomassa. Tivemos, nos últimos 3 ou 4 anos, quase 80 usinas de cana-de-açúcar que foram fechadas no país, quase 100 mil pessoas desempregadas", disse o parlamentar, apresentando sugestões para enfrentar o problema.



Rogério questionou as medidas anticrise que o governo tem em mãos para evitar que mais usinas fechem as portas. "Não seria interessante imaginar a possibilidade de se gerar térmicas de biomassa, que é uma energia limpa, ao mesmo tempo em que se propiciaria a possibilidade de fazer terminais de regaseificação para recebermos gás importado? No exterior, o gás é em torno de 5 dólares por milhão de BTU, enquanto o Brasil pratica a 15 dólares, 16 dólares. Quer dizer, é praticamente irreal", completou.



Para Rogério, "nos últimos 12 anos, o Governo vem implementando um modelo de matriz energética e de leilões que certamente precisa ser repensado neste momento. A diversificação é benéfica, mas a intervenção é danosa. E houve uma intervenção em preços públicos que desagregou e desajustou o sistema elétrico brasileiro, inclusive fazendo com que uma série de investidores deixasse de entrar no sistema".



O deputado acredita que o país precisa de "credibilidade". "Nos últimos 12 anos, todas as hidroelétricas que estão sendo gestadas pelo Governo são a fio d'água. E, a fio d'água, nós dependemos do regime hídrico, do regime de chuvas. Ou apelamos para a pajelança, ou nós temos uma base sólida de térmicas de base", finalizou.

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