É uma derrota indireta para o governo porque impede a fusão do PSD com o PL, partido em gestação patrocinado por Gilberto Kassab
Irritado com Dilma, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL),
acelerou o processo de votação do projeto incômodo para o governo
federal (Geraldo Magela/Ag. Senado)
O Senado Federal aprovou nesta terça-feira o projeto de lei que
impede que partidos recém-criados participem de fusões com outras
legendas. O texto já havia sido aprovado pela Câmara e, agora, vai para
sanção presidencial. A apreciação ocorreu rapidamente. Por decisão do
presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), a proposta foi tratada
como prioritária. Os senadores aprovaram um pedido de urgência para
tramitação da medida e, em seguida, deram aval ao projeto.
A medida contraria o governo porque impede a fusão do PSD, do
ministro Gilberto Kassab (Cidades), com o PL, que ele tenta criar. A
ideia de Kassab é que a junção dos dois partidos abra uma janela de
migração partidária - e, assim, teria potencial para esvaziar siglas de
oposição e diminuir a importância do PMDB na base aliada. Durante a
votação, os petistas argumentaram que seria melhor deixar que o projeto
fosse apreciado no contexto da reforma política - o que, na prática,
significaria adiar a votação por tempo indeterminado. Mas a maioria
votou pela aprovação do projeto.
Na semana passada, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo
Cunha (PMDB-RJ) trabalhou pessoalmente para que o projeto de lei fosse
aprovado em menos de um mês de tramitação.
Fonte : Veja
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