30 abril 2015

Felipe Maia fala sobre crise de abastecimento no RN e pedaladas fiscais



O governo federal não tem planejamento, nem execução. A constatação é do deputado Felipe Maia (DEM) que, em discurso na tribuna da Câmara, nesta quinta-feira (30), destacou que o Palácio do Planalto transfere a conta de sua irresponsabilidade administrativa para o bolso da população. Prova disso, disse o parlamentar, são as chamadas “pedaladas fiscais” e a falta de recursos para investir em obras hídricas no país.

O parlamentar destacou o sofrimento dos potiguares com a crise no abastecimento de água no estado. De acordo com Felipe Maia, o Açude Gargalheiras - que abastece os municípios de Currais Novos e Acari - se encontra com 1,88% de sua capacidade de armazenamento de água, e mensalmente, são consumidos 0,5% de água pela população. A alternativa para sanar o problema é a construção de uma adutora de engate rápido que levará água da Barragem Armando Ribeiro Gonçalves até as cidades seridoenses. A adutora está orçada em R$ 34 milhões, no entanto a obra ainda não foi garantida por falta de recursos da União.

Maia fez um apelo aos ministros da Fazenda, Joaquim Levy, e da Integração Nacional, Gilberto Occhi, no intuito de encontrar soluções para o problema. “Nós estamos falando de uma questão de saúde, da sobrevivência das famílias do Rio Grande do Norte. Peço aos ministros que vejam de forma diferenciada o contingenciamento no Orçamento. Não podemos cortar onde o povo não pode esperar. Por que sacrificar o povo do RN diante de tanto descaso com o dinheiro público?, indagou o potiguar.

Pedaladas fiscais
O deputado ainda comentou as chamadas "pedaladas fiscais", a utilização de recursos dos bancos públicos para fechar as contas do governo federal. Segundo Felipe Maia, essas manobras configuram crime de responsabilidade fiscal e uma tentativa de maquiar as contas públicas. O Banco do Brasil, por exemplo, em junho do ano passado, pagou R$ 8 bilhões de reais de empréstimos agrícolas. A Caixa Econômica Federal, até agosto de 2014, pagou R$ 1,7 bilhão pelo Bolsa Família. “Esses recursos deveriam ser pagos pelo governo federal. No entanto, o governo do PT mostra que não tem qualquer planejamento e acaba abocanhando o dinheiro dos bancos públicos para pagar suas obrigações”, afirmou.

A falta de organização fiscal, destacou o deputado, pode ser vista também nos cortes e reajustes que a equipe econômica vem promovendo e que atingem os direitos sociais e trabalhistas do brasileiro. “Este é o governo real do PT, um governo que corta recursos do Bolsa Família, do Minha Casa, Minha Vida, do seguro-desemprego, do auxílio-doença e ainda aumenta a tributação sobre a folha de pagamento e a energia elétrica. Esse é o governo real, que sacrifica quem mais precisa”, disse.

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