Um dia após a
entregarem à Procuradoria Geral da República representação na qual pedem a
abertura de investigação contra Dilma, parlamentares da oposição receberam
os movimentos de rua que protocolaram, nesta quarta-feira (27), o pedido de
impeachment da presidente da República, Dilma Rousseff (PT). O deputado
federal Rogério Marinho (PSDB), ao lado de vários tucanos, acompanhou as
lideranças na entrega da petição ao presidente da Casa, deputado Eduardo
Cunha (PMDB-RJ).
Para parlamentar potiguar,
o pedido de impeachment é mais uma demonstração da “insatisfação dos
brasileiros com o governo do PT”. Segundo o tucano, “ninguém aguenta mais
tantos erros, escândalos de corrupção e a crise econômico a que o país foi
submetido graças a um projeto de poder”. Segundo Rogério, que é favorável a
abertura do procedimento de impeachment de Dilma, “o Brasil vive o pior dos
mundos, com crise moral, ética e econômica”.
O
pedido de impeachment dos movimentos de rua é embasado em pareceres de juristas
renomados e foi entregue junto a cerca de 1 milhão de assinaturas de cidadãos
de todo país. A informação foi dada por Renan Santos, um dos líderes do
Movimento Brasil Livre (MBL). Segundo ele, caberá agora aos cidadãos
inconformados pressionar o Congresso para que haja o acolhimento da proposta, a
apreciação e aprovação.
Um dos fundamentos jurídicos do
pedido é a “pedalada fiscal” do governo Dilma, que consiste no
atraso do repasse de dinheiro do Tesouro Nacional aos bancos públicos. Segundo
Kim Kataguiri, também do MBL, o fato de receberem a garantia de que a proposta
será estudada já é uma vitória para a sociedade brasileira. “Essa é uma segunda
etapa que complementa as manifestações populares ocorridas em março e abril”,
disse. Aos 19 anos, Kataguiri faz parte do grupo que caminhou por um mês
de São Paulo a Brasília para se manifestar contra Dilma e apresentar o pedido
de impeachment.
Antes
da formalização do pedido, dezenas de manifestantes se concentram em
frente ao Congresso com faixas, cartazes, bandeiras do Brasil, faixas e balões
verdes e amarelos. Ao som do hino nacional cobraram a saída de Dilma e uma
postura firme do Congresso diante dos desmandos do governo petista. Os
parlamentares do PSDB desceram a rampa de acesso ao Congresso e foram ao
encontro dos manifestantes.
Junto
aos representantes do movimento, os tucanos adentraram o Salão Negro e foram à
Presidência da Câmara. Diante do embasamento jurídico do pedido, o peemedebista
decidiu não arquivar a proposta, como já havia feito com outros pedidos. Cunha
deverá submeter a ação à sua assessoria técnica e jurídica para decidir se
acatará o pedido ou não. Caso haja o acolhimento, o pedido de impedimento de
Dilma será levado a votação no plenário da Casa.
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