O
presidente nacional do Democratas, José Agripino (RN), classificou o
anúncio de que o governo federal estuda cortar dez dos 39 ministérios
até setembro como “uma medida atrasada e feita sob pressão, não por
convicção”. “O
problema deste governo é que ele não age por convicção, só age sob
pressão. Dez ministérios a menos dariam credibilidade a Dilma se ela
tivesse tomado esta atitude antes de assumir a Presidência. A medida
agora, que se adotada será bem-vinda, não dará ‘selo de qualidade’ ao
governo até porque o que é feito sob pressão não recupera
credibilidade”, afirmou o senador potiguar.
Em entrevista coletiva no Palácio do Planalto, nesta segunda-feira (24), o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, disse que a redução das pastas faz
parte de uma reforma administrativa que envolve ainda a redução de
cargos comissionados e secretarias para melhorar a “gestão pública”. O
anúncio foi feito após reunião de coordenação política, que contou com a
presença da presidente Dilma Rousseff.
Atualmente,
segundo informações divulgadas pela imprensa, o número de cargos
comissionados é de cerca de 22 mil pessoas. Apesar do anúncio de cortes,
o ministro afirmou que o governo ainda não decidiu quais serão os
ministérios cortados.
A
redução do número de ministérios do Brasil é uma bandeira antiga da
oposição. No dia 24 de junho de 2013, ano em que o país vivia o auge das
manifestações populares, Democratas, PSDB e PPS lançaram manifesto
intitulado “Os brasileiros querem um Brasil diferente”. Entre as
propostas apresentadas, como melhorias na saúde, educação, transporte,
combate à corrupção, os partidos defendiam a redução pela metade do
número de pastas, cargos comissionados no governo federal.
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