O presidente do Democratas, senador José Agripino (RN) afirmou nesta segunda-feira, 28, em plenário, que o governo está vivendo de discursos fantasiosos ao dizer que o Brasil não tem problemas estruturais graves. O senador se referiu ao discurso da presidente Dilma Rousseff na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).
Em
sua fala, a presidente Dilma disse que, apesar da crise, o país não
vive “problemas estruturais graves”, e que a economia está “sob
controle”. Para o senador, o governo não tem credibilidade para fazer
reformas e, em um foro internacional, tenta esconder os reais problemas
do país.
“Temos
alguns monstros da economia que foram criados pelo PT. Aumento da
dívida interna, da dívida externa e agora um terceiro monstro: a cotação
do dólar”, disse.
Para
o senador, o desequilíbrio das contas públicas somado à dívida interna
do país e a incapacidade de o governo de fazer reformas estruturais,
está produzindo mais um monstro que assusta os brasileiros.
“A
desvalorização do Real é a maior entre todos os países emergentes.
Nosso problema é doméstico. O governo fez com que a moeda caísse em
descrédito e a cotação do dólar disparasse”, pontua.
Com
uma dívida interna em torno de R$ 2,7 trilhões, o governo só consegue
rolar a dívida com juros elevados, o que representa pagar R$ 500 bilhões
ao ano de serviços da dívida, avalia o senador. “A Selic atual, em
14,25% ao ano, vai consumir R$ 500 bilhões anuais ao Tesouro, mais ou
menos 18 vezes o que o Brasil gasta com o Bolsa Família”, afirma.
Para
o senador, o que fez o dólar explodir não foi outra coisa senão um
gesto inábil do governo de mandar ao Congresso um orçamento com déficit.
“Só
se pensa em CPMF, mas não se fez o dever de casa: não houve corte de
ministério, cargo comissionado, o que se propõe é aumento de tributos.
Só resta ao país um governo que entenda e que tenha força e
credibilidade para acender a luz no fundo do túnel, propondo e aprovando
reformas estruturais para equilibrar as contas deste país. Este governo
não é o de Dilma”, concluiu.
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