A
Comissão de Educação da Câmara dos Deputados recebeu, esta semana, requerimento
do deputado federal Rogério Marinho (PSDB) com pedido de informações ao
ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro. O objetivo do documento é
esclarecer portaria publicada pelo órgão que instituiu o "Comitê de
Gênero", de caráter consultivo, no âmbito do próprio MEC.
O
novo colegiado teria por atribuição a proposição de diretrizes e apresentação
de subsídios técnicos para a formulação, avaliação e aperfeiçoamento de políticas
que visem à garantia de projetos e programas educacionais com a promoção dos
direitos relacionados às questões de gênero.
"Essa
proposta, em um primeiro momento, nos parece afrontar a decisão tomada por essa
mesma Comissão de Educação e o Congresso Nacional que resolveram suprimir as
questões relativas a gênero do Plano Nacional de Educação atualmente em vigor.
Posteriormente, nos planos estaduais e municipais esta discussão tem sido
travada e quase sempre derrotada. E agora o ministro quer implantar uma
política nacional como se ela fosse consensual, quando ela está sendo rejeitada
por quase todas as cidades do país. Onde o ministro pretende chegar com essa
portaria?", questionou Rogério Marinho.
O
parlamentar, coordenador da bancada do PSDB na Comissão de Educação, espera que
as respostas do ministro esclareçam a questão, afastando a possibilidade de
"usurpação de competência ou mesmo a confirmando, para que a Câmara dos
Deputados possa agir da maneira mais correta".
A
Portaria Ministerial remete à “necessidade de adoção de práticas pedagógicas e
conteúdos curriculares que contemplem e respeitem as diversidades relativas a
gênero”. Além disso, o Ministério determina que caberá ao Comitê "acompanhar
e monitorar a implementações de ações do MEC que tenham foco nas questões de
gênero, especialmente aquelas definidas no âmbito do Plano Plurianual”.
Rogério
espera que o Ministério exemplifique quais seriam tais práticas pedagógicas e
conteúdos curriculares, assim como quais as práticas que seriam introduzidas
nas escolas e como isto se coaduna com o PNE. O deputado ainda questionou se os
pais dos alunos e os entes da Federação terão representatividade neste possível
"Comitê de Gênero" e quais são as ações em curso do MEC nas questões
de gênero, assim como estas ações estão sendo coordenadas de acordo com o
determinado pelo PNE.
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