Sigla poderá lançar candidatos nas eleições de 2016 com o número 30.
Ministros questionaram possível duplicidade de apoios, mas maioria aprovou.
O plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou nesta
terça-feira (15) a concessão de registro para o Partido Novo, fundado em
2011 com apoio de empresários no Rio de Janeiro. Com a decisão, a nova
legenda poderá concorrer nas eleições municipais de 2016 com o número
30.
Trata-se do 33º partido político oficialmente registrado no país. Em
apresentações e eventos, os idealizadores do Novo defendem ideias
liberais, com uma ação menor do Estado na economia e na vida das
pessoas.
O site do Novo elenca como seus valores a defesa das “liberdades
individuais com responsabilidade”, o livre mercado (onde, para a sigla,
“os serviços são melhores do que aqueles ofertados pelo Estado, dados os
mesmos custos”) e uma visão de “longo prazo” para a administração
pública.
A ideia de criar a legenda surgiu em 2011 entre empresários, médicos,
advogados e outros profissionais do setor privado, principalmente,
motivados por participar da política institucional sem vínculos com
"políticos tradicionais", segundo dirigentes. As regras do partido só
admitem aqueles que têm ficha limpa e impedem que qualquer um com cargo
no Legislativo ou no Executivo exerça cargo de direção na legenda.
Requisitos
Para obter o registro, o Novo apresentou 492.414 assinaturas de eleitores apoiando a criação do partido. O número ultrapassa o mínimo exigido em lei, equivalente a 0,5% dos eleitores que votaram nas eleições para a Câmara dos Deputados.
O Novo também comprovou a fundação de 9 diretórios estaduais (em SP, RJ, MG, ES, DF, GO, MS, RO e RN), outro requisito previsto por lei.
Durante a discussão para o registro no TSE, seis ministros votaram em favor do registro. Somente a ministra Maria Thereza de Assis Moura votou contra, por considerar que as assinaturas do partido poderiam conter apoio de eleitores filiados a outras legendas, o que a lei atual, sancionada neste ano, proíbe.
A maioria dos ministros, no entanto, considerou que, como o partido apresentou o pedido de registro em 2013, devem ser aplicadas as regras antigas, que admitiam assinaturas de filiados a outras legendas.
Na sessão, a ministra Luciana Lóssio também questionou possibilidade de
certidões de apoio apresentadas terem duplicidade de assinaturas. Os
demais ministros, porém, entenderam que eventuais falhas poderão ser
apuradas posteriormente.
Fonte: G1 da Globo
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