O
ex-ministro da Educação Renato Janine Ribeiro, que deixou o cargo esta semana
para ser substituído por Aloizio Mercadante, denunciou nesta quinta-feira (08)
a prática do assédio ideológico no ensino brasileiro. Segundo o jornal Estado
de S. Paulo, por meio de uma postagem no Facebook, o ministro disse que o
conteúdo de História da Base Nacional Comum deve conter “ensinamento crítica,
mas sem descambar para a ideologia”.
O
assédio ideológico no ensino brasileiro tem sido alvo de seguidas denúncias por
parte do deputado federal Rogério Marinho, coordenador da bancada do PSDB na
Comissão de Educação da Câmara. Para o tucano, “não se pode demonizar uma
ideologia e glorificar outra, inibir ou constranger o aluno porque ele tem um
pensamento diferente do professor. E existem milhares de relatos desse tipo de
prática nas nossas escolas, inclusive com livros didáticos aprovados pelo MEC”.
Para
combater os doutrinadores que se utilizam dessa prática, Rogério apresentou
recentemente, na Câmara, projeto de lei que criminaliza o assédio ideológico. O
objetivo da proposta é defender a “total liberdade de aprender” dos estudantes
brasileiros, garantindo a apresentação de todas as visões sobre os mais
variados assuntos, seja qual for a ideologia, permitindo assim que o próprio
aluno tire a sua conclusão.
“Entende-se
como Assédio Ideológico toda prática que condicione o aluno a adotar
determinado posicionamento político, partidário, ideológico ou qualquer tipo de
constrangimento causado por outrem ao aluno por adotar posicionamento diverso
do seu, independente de quem seja o agente”, diz o projeto. Esta semana, na
Câmara, Rogério comandou, inclusive, uma audiência pública para debater o tema
em questão.
Segundo
o Estadão, “Janine reclamou que a primeira versão do texto de História ‘ignorava
quase por completo o que não não fosse Brasil e África’. ‘Não havia, na
proposta, uma história do mundo. Quando muito, no ensino médio, uma visal
brasilcêntrico das relações com outros continentes’, disse ele.
"O
fato é que o documento de História tem falhas. Tanto assim que retardei sua
publicação e solicitei ao grupo que o elaborou que o refizesse. Mas eles
mudaram pouca coisa", disse o ex-ministro na rede social.
Para
o filósofo acredita que o novo ministro que o substituiu, Aloizio Mercadante,
evitará "qualquer viés ideológico". "É direito de todo jovem
saber o trajeto histórico do mundo. Precisa aprender sobre a Renascença, as
revoluções, muita coisa. Mas não há uma interpretação única de nenhum desses
fenômenos. E é esta diversidade que a educação democrática e de qualidade deve
garantir".
Fonte: Assessoria de imprensa - Rogério Marinho
Fonte: Assessoria de imprensa - Rogério Marinho
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