A Comissão de Educação promoveu nesta terça-feira (06) caloroso
debate sobre assédio ideológico nas escolas de educação básica. O tema
central da audiência pública, presidida e solicitada pelo deputado
federal Rogério Marinho (PSDB-RN), foi a doutrinação nas salas de aula e
o abuso dos professores ao ensinar ideologias partidárias. “Não podemos
varrer para debaixo do tapete um problema que é real”, apontou o
tucano.
De acordo com o parlamentar, "o
professor goza de inteira confiança da família dos alunos para transpor
ensinamentos, e não ideologias". Para ele, "sala de aula não é palanque e
deve haver pluralidade nos ensinamentos para que o aluno faça o juízo
de valor". Segundo Rogério, essa conduta muitas vezes acaba por obrigar
os alunos a adotar posturas ou ideologias que não são deles, mas dos
educadores.
"Doutrinadores não são professores,
eles não ensinam, apenas formam massa de manobra política de forma
reiterada", disse. O tucano chamou atenção ainda para uma proposta do PT
que prevê a hegemonia cultural. “Fazer isso é impor a hegemonia de
pensamento e praticar o assédio ideológico”. O parlamentar destacou que
os professores devem fazer a prática narrativa e colocar “os dois lados
da moeda”.
Rogério comparou o atual momento do
ensino no país com o período da ditadura militar, quando disciplinas
como Moral e Cívica foram incluídas no calendário escolar para promover a
forma como o país era administrado. "Vemos agora o partido que está no
poder adotar a mesma postura para colocar a sua ideologia como
hegemônica", completou.
Participaram do debate o
presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação,
Roberto Franklin de Leão; o professor da Universidade de Brasilia (UNB)
Bráulio Pôrto; a representante da União Nacional dos Dirigentes
Municipais de Educação, Iolanda Barbosa; e o coordenador do Movimento
Escola sem Partido, Miguel Nagib, entre outros.
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