O governo do PT promove o ajuste fiscal baseado no aumento
de impostos. Na contramão dessa iniciativa, de acordo com o deputado Felipe
Maia (DEM), para retomar o crescimento do país o Executivo precisa baratear
gastos e não criar impostos. Além disso, medidas como reduzir a burocracia,
facilitar o investimento privado e diminuir a carga tributária são fundamentais
para tirar o Brasil da crise. “Precisamos sensibilizar o governo federal de que
o atual modelo econômico está equivocado e prejudica a economia como um todo. O
país ainda precisa do barateamento de energia e de um plano efetivo de
logística, promovendo investimentos em rodovias, portos e ferrovias”, destacou
o parlamentar, em discurso na tribuna da Casa, nesta quinta-feira (26).
Para mostrar a intenção do governo federal de aumentar
impostos para tentar cobrir o rombo nas contas públicas, o democrata destacou
pesquisa da consultoria Tendências que aponta que a equipe econômica do atual
governo se dedicou mais em encontrar maneiras de aumentar as alíquotas de
tributos do que em buscar meios para economizar recursos. O estudo ainda mostra
que cada aumento de um ponto percentual na carga tributária tira 0,5 ponto do
potencial de crescimento da economia brasileira. Para Felipe Maia, isto ocorre
pelo fato de o aumento de impostos refletir em maiores custos para as empresas,
que repassam para o preço final dos produtos. “Isso deixa claro que o governo
se preocupa mais em fazer o ajuste fiscal penalizando o povo com o aumento de
tributos do que em economizar recursos públicos”, disse.
Na tentativa de fugir deste aumento de custos e impostos,
várias empresas brasileiras estão transferindo suas operações para países
vizinhos, como Uruguai, Peru e Paraguai, que possuem carga tributária menor e
sistema tributário mais simples. O Paraguai, por exemplo, tem carga tributária
de 16,5%, contra 36% da carga tributária brasileira. “Empresas deixam de gerar
emprego e renda por aqui para ganhar competitividade lá fora. Os tributos, os
custos de energia e de transporte são bem menores nestes países, justificando o
preço da transferência. Justamente no momento em que o país mais precisa atrair
investimentos e gerar empregos, o governo eleva a carga tributária,
prejudicando a todos. Não adianta
o governo pensar só na arrecadação. É preciso trabalhar no gasto, cortando
custos da máquina pública. O governo deveria se debruçar sobre as reformas
previdenciária e tributária; dar transparência aos gastos públicos e avaliar se
alguns programas vêm sendo efetivos. Mas
as ações do atual governo deixam cada vez mais distante a recuperação da
economia”, afirmou o deputado.
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