Os
investimentos em infraestrutura previstos no Orçamento de 2015 não têm sido
realizados pelo governo federal. Projetos de portos, rodovias, ferrovias e
aeroportos não são executados. Em contrapartida, de acordo com o deputado
federal Felipe Maia (DEM), o governo do PT financia obras em outros países,
como Venezuela e Angola. “Recursos para o Brasil, nada. Para os amigos da
presidente Dilma Rousseff, tudo. Mas com dinheiro do povo brasileiro”,
destacou, em discurso no plenário da Casa, nesta quarta-feira (11).
Apesar
da movimentação crescente de cargas, os portos receberam apenas 27,5% das
aplicações em obras e serviços previstos para 2015. As estradas também tiveram
investimento inferior e até outubro deste ano o valor aplicado representa
apenas 46,5% do previsto no Orçamento. Segundo o parlamentar, o baixo
investimento em rodovias é prejudicial pelo fato de 61% do que é transportado
no país ocorrer em via terrestre. “Portanto, o mau estado das estradas
representa custos adicionais de até 26% para os transportes, o que acaba sendo repassado
para os preços dos produtos, aumentando ainda mais a inflação. Os portos são outro
investimento urgente, pois mesmo em um ano em que a economia brasileira deve
recuar até 3%, os portos devem chegar ao fim deste ano com alta de 4,8% na
movimentação de cargas”, destacou.
Em
relação aos aeroportos, no final de 2012, a presidente Dilma anunciou um
programa de aviação regional que previa R$ 7,3 bilhões em investimentos em 270
aeroportos no interior do país. No entanto, o programa sequer saiu do papel. “Se
todas as obras previstas saíssem do papel, poderíamos ter nos próximos anos 15.700
km a mais em ferrovias e 25.000 km em rodovias. Além disso, teria mais conforto
para os mais de 178 milhões de passageiros que passam todos os anos pelos
nossos aeroportos. Mas, infelizmente, vivemos época de vacas magras, e o
governo preferiu financiar obras de infraestrutura em outros países”, afirmou
Felipe Maia.
De
acordo com o deputado, o governo do PT financiou, na Venezuela, a Usina
Siderúrgica Nacional, no valor de US$ 865,42 milhões, e outros US$ 747 milhões foram
para a construção do Metrô de Caracas. Angola e República Dominicana receberam,
juntas, mais de US$ 1,1 bilhão para financiar uma Usina Hidrelétrica e uma Usina
Termelétrica, respectivamente. Já em Cuba, o Porto de Mariel custou US$ 682
milhões aos cofres públicos. “É lamentável que o governo petista tenha
preferido beneficiar investimento em outros países. Agora, quando o Brasil mais
precisa recuperar a sua infraestrutura para ser mais competitivo, não há recursos”,
disse.


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