Três anos seguidos de recessão e baixo crescimento, com aumento
do desemprego e salto
na dívida pública. A situação que viveu a Europa nos últimos anos se repete agora no Brasil, com o próprio governo admitindo ao Congresso que a dívida pública bruta do país chegará a quase 72% do Produto Interno Bruto em 2016. As informações foram publicadas recentemente pelo jornal O Estado de S. Paulo.
na dívida pública. A situação que viveu a Europa nos últimos anos se repete agora no Brasil, com o próprio governo admitindo ao Congresso que a dívida pública bruta do país chegará a quase 72% do Produto Interno Bruto em 2016. As informações foram publicadas recentemente pelo jornal O Estado de S. Paulo.
Para o deputado federal Rogério Marinho (PSDB), o aumento da
dívida pública mostra que o governo da presidente Dilma Rousseff perdeu o
controle da economia. “O governo se alavancou para ganhar as eleições causando
um enorme rombo nas contas públicas. Gastou muito além do que realmente tinha
condição de prover naquele ano, gastou a nossa poupança no setor, e agora nós
todos estamos pagando o preço da incompetência, da falta de sintonia, de
planejamento e da irresponsabilidade fiscal”, afirmou.
Na avaliação do parlamentar, as medidas de ajuste fiscal
propostas pela gestão petista para tentar contornar o problema não fazem nada
além de “enxugar gelo” e “cortar o vento”, já que todas elas possuem um “vício
de origem”: a falta de credibilidade do governo.
“O mercado não acredita, o Parlamento também não acredita, e nem
a população brasileira. Nós estamos em uma situação muito ruim porque somos
como um grande Boeing governado, pilotado, por uma piloto de teco-teco, que não
conhece a tecnologia, não tem capacidade pra fazer a navegação de uma maneira
adequada. O pior é que nós todos somos passageiros nesse avião, então, ou nós
mudamos o piloto, ou o desastre é certo”, considerou.
Em apenas três anos o salto na dívida pública foi de quase 20
pontos percentuais. Em 2013, o índice era de 53,2% do PIB. Ouvido pelo Estadão,
o economista Luis Eduardo Assis, ex-diretor do Banco Central, alertou para o
risco de o Brasil se aproximar da realidade de países como Itália, Espanha e
Portugal, que viram sua dívida subir muito e hoje convivem com um baixo
crescimento econômico.
“A diferença é que eles já enriqueceram, nós não. O grande risco
aqui não é mesmo o de uma explosão, como na Grécia, mas de uma mediocridade de
crescimento por muitos anos”, disse ao jornal.
Rogério Marinho destacou que os sinais de deterioração da
economia brasileira são bem visíveis e já afetam a população. Entre eles estão
a dificuldade de se encontrar emprego; o aumento da conta de energia, que já
quase dobrou neste ano; do gás de cozinha, que impacta diretamente na economia
doméstica das famílias mais humildes; e do preço dos itens de primeira
necessidade, que estão acima da inflação média.


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