Alex Ferreira / Câmara dos Deputados
Eduardo Cunha avalia que a decisão do STF vai atrasar os procedimentos
em torno do pedido de impeachment, em efeito contrário aos governistas
que defendem celeridade no processo.
A sessão do Plenário desta quarta-feira (9) foi encerrada sem votações.
Os deputados analisariam as medidas provisórias e projetos de lei que
trancam a pauta.
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, afirmou em entrevista no Salão
Verde que não haverá mais votações no Plenário da Casa até a decisão
definitiva do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a tramitação do
pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Segundo Cunha, são os próprios partidos que estão interessados em obstruir as votações, aguardando uma decisão final do STF.
O presidente disse estranhar uma decisão liminar do Supremo em
recurso incidental sobre Arguição por Descumprimento de Preceito
Fundamental (ADPF), como foi o caso da decisão do ministro Edson Fachin à
ação impetrada pelo PCdoB, que questiona o rito a ser adotado em
processo de impeachment. Fachin suspendeu a tramitação do pedido de
impeachment até a próxima quarta-feira (16), quando o plenário da Corte
deverá julgar a ação do PCdoB.
No entanto, Eduardo Cunha disse que respeita a decisão do STF e
avalia que ela vai atrasar todos os procedimentos em torno do pedido de
impeachment, em um efeito contrário aos governistas que defendem
celeridade no processo.
Para o julgamento definitivo do STF, Cunha informou que enviará nesta
quinta-feira as explicações complementares pedidas pela Corte. No
entanto, ele acredita que as divergências e as disputas em torno do
impeachment vão manter os riscos de judicialização até o fim do
processo.
Ele reafirmou que está seguro em relação à correção dos procedimentos
adotados na sessão de ontem, quando a votação para eleição dos
integrantes da comissão especial foi secreta e os deputados elegeram uma chapa alternativa.


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