Do G1 – A Polícia Federal (PF)
deflagrou, na manhã desta sexta (11), a operação Vidas Secas – Sinhá
Vitória, para prender suspeitos de participar de um esquema de
superfaturamento das obras de engenharia executadas para a transposição
do Rio São Francisco.
Segundo as investigações, empresários do
consórcio OAS/Galvão/Barbosa Melo/Coesa utilizaram empresas de fachada
para desviar cerca de R$ 200 milhões das verbas públicas destinadas às
obras, no trecho que vai do agreste de Pernambuco à Paraíba. O consórcio
cuidava de dois lotes dos 14 envolvidos na transposição do São
Francisco. Os contratos investigados até o momento são de R$ 680
milhões.
Ainda de acordo com a PF, algumas
empresas ligadas à organização estariam em nome do doleiro Alberto
Youseff e de um lobista de nome ainda não divulgado, investigados na
Operação Lava Jato. Ao todo, serão cumpridos 32 mandados judiciais nos
estados de Pernambuco, Goiás, Mato Grosso, Ceará, São Paulo, Rio de
Janeiro, Rio Grande do Sul, Bahia e Brasília, sendo 24 mandados de busca
e apreensão, quatro mandados de condução coercitiva e quatro mandados
de prisão. Os investigados irão responder pelos crimes de associação
criminosa, fraude na execução de contratos e lavagem de dinheiro.
Orçado em R$ 8,2 bilhões, o projeto, de
iniciativa federal, tem o objetivo de garantir a segurança hídrica para
390 municípios dos estados de Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do
Norte, beneficiando aproximadamente 12 milhões de habitantes. Iniciada
em 2006, a obra tinha orçamento inicial de R$ 4,5 milhões e, devido aos
atrasos, teve o custo praticamente dobrado. Segundo o Ministério da
Integração Nacional, a demora na entrega dos trechos acontece devido à
burocracia na escolha das empresas e na adaptação dos projetos iniciais.

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