Após a prisão de mais
cinco vereadores na manhã desta quinta-feira (28) pela Polícia Militar
(PM), o Legislativo de Centralina, no Triângulo Mineiro, enfrenta uma
situação inédita: todos parlamentares eleitos na Casa estão afastados
suspeitos de desvio de dinheiro público. Os políticos são investigados
na Operação Viagem Fantasma, desencadeada pelo Grupo de Atuação Especial
de Combate ao Crime Organizado de Uberlândia (Gaeco). Além dos
vereadores, um ex-servidor da casa foi detido nesta quinta-feira.
Os
vereadores retornariam de recesso na próxima segunda-feira (1º). Quatro
suplentes já foram nomeados para as vagas deixadas pelos vereadores
detidos na primeira fase da operação. Os cargos serão ocupados pela
comerciante Izanete Rosa (PSC), o funcionário de uma empresa de
materiais de construção Adilson Gargamel (PMN), o ex-vereador William
Garcia (PPS), e o funcionário público Sebastião da Luz (PCdoB).
Os
quatro tomarão posse na segunda e, caso os cinco vereadores detidos
nesta quinta-feira não sejam liberados, outros suplentes serão
convocados.
Prisões
Na primeira fase da operação, quatro dos nove vereadores foram detidos. Eurípides Batista Ferreira, o Baianinho (Pros), Hélio Matias (PSL), Carla Rúbia (SDD) e Roneslei do Carmo Soares (PR) foram liberados e renunciaram ao cargo. Eles tiveram os bens bloqueados a fim de garantir ressarcimento ao erário.
Na primeira fase da operação, quatro dos nove vereadores foram detidos. Eurípides Batista Ferreira, o Baianinho (Pros), Hélio Matias (PSL), Carla Rúbia (SDD) e Roneslei do Carmo Soares (PR) foram liberados e renunciaram ao cargo. Eles tiveram os bens bloqueados a fim de garantir ressarcimento ao erário.
Na segunda fase, realizada nesta quinta-feira (28), a
Polícia Civil apresentou, na delegacia de Uberlândia, os vereadores
Wandriene Ferreira de Moura (PR), Sonia Martins de Medeiros Rosa (PP),
Ismael Pereira Peres (PT), Rodrigo Lucas (PT do B) e Cleison Vieira
(PDT). Os cinco vereadores foram detidos e encaminhados para o Presídio
Professor Jacy de Assis. Um ex-servidor também foi detido. Entre os
políticos presos nesta manhã, está uma vereadora que é irmã do atual
prefeito de Centralina.
Dentre os crimes nos quais o grupo pode
responder estão peculato, associação criminosa, falsidade ideológica e
lavagem de dinheiro. No último dia 19 de janeiro, foram cumpridos dez
mandados de busca e apreensão e quatro vereadores tiveram a prisão
preventiva decretada.
De acordo com as informações da Promotoria,
os vereadores fizeram acordo de colaboração premiada, confessaram os
crimes e delataram os demais. Posteriormente, o ex-vereador e advogado,
conhecido como Marcinho, também foi preso por envolvimento nos crimes.
A
partir de agora, todos os documentos serão analisados para conclusão
das investigações e envio do inquérito civil ao Judiciário.
O G1 procurou também outros representantes na Câmara Municipal, por telefone, mas as ligações não foram atendidas.
A operação
A operação do Gaeco tem o intuito de desmontar um esquema de associação criminosa, peculato e lavagem de dinheiro na cidade de Centralina. Até nesta quinta, os nove vereadores foram presos, além do ex-vereador Marcinho e um ex-servidor da Câmara.
A operação do Gaeco tem o intuito de desmontar um esquema de associação criminosa, peculato e lavagem de dinheiro na cidade de Centralina. Até nesta quinta, os nove vereadores foram presos, além do ex-vereador Marcinho e um ex-servidor da Câmara.
Conforme nota à imprensa, o
Gaeco informou que os vereadores foram investigados por “recebimento de
diárias de viagens que na realidade nunca aconteceram, bem como o desvio
de dinheiro público cometido por alguns vereadores e servidores da
Câmara".
A primeira fase da operação envolveu 40 policiais
militares e dez viaturas. A assessoria de comunicação do Ministério
Público disse, por e-mail, que provavelmente o promotor vai atender a
imprensa somente depois das investigações. São, ao todo, seis
investigações em curso envolvendo desvios de recursos públicos por
vereadores e servidores da Câmara Municipal de Centralina.
Fonte: Portal do Correio do Estado
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