Recursos
destinados para políticas de vigilância sanitária no país têm sofrido
cortes significativos nos últimos anos. Desde 2010, o governo federal
deixou de gastar 30% do orçamento previsto para combate à entrada de
epidemias e surtos por meio de aeroportos, portos e fronteiras. De
acordo com o deputado federal Felipe Maia (DEM), em discurso proferido
na tribuna da Câmara, nesta quarta-feira (02), à medida que reduz o
repasse para vigilância de saúde, aumentam os números de casos de
dengue, zika e chikungunya no Brasil.
“Famílias estão se isolando por receio do vírus transmitido pelo Aedes aegypti.
Mesmo diante dessa situação o governo vem agindo de maneira
irresponsável e cortando recursos do Orçamento para iniciativas
importantes de combate ao mosquito, vitimando milhares de pessoas”,
afirmou.
Segundo
o parlamentar, desde 2013 os recursos destinados para a iniciativa
“Coordenação Nacional da Vigilância, Prevenção e Controle da Dengue” vem
sendo reduzidos. Só em 2015 a iniciativa perdeu mais de R$ 5,3 milhões.
A verba, de responsabilidade do Ministério da Saúde, deveria ser
empregada no financiamento de estudos, pesquisas e na capacitação
profissional para o combate à dengue.
“O
resultado dessa negligência do governo é o aumento exponencial dos casos
de dengue em todo o país. Em 2014 foram 591 mil registros e, em 2015,
mais de 1,6 milhão. Ainda em 2015 tiveram mais de 17 mil pessoas
com chikungunya e cerca de 72 mil com zika. Só no Rio Grande do Norte
foram 832 casos de dengue nos primeiros meses do ano e quinze mortes já
foram registradas. Por isso peço a sensibilidade do governo federal para
que não corte recursos de combate a epidemias. Pois o país paga o alto
preço da redução de verba para prevenção”, destacou Felipe Maia.
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