Praticamente
todos os ministérios e também as empresas públicas estão com seus
cargos sendo distribuídos, na estratégia do governo do PT para tentar
derrotar o impeachment. O balcão de negócios que está sendo promovido
pela presidente Dilma Rousseff para tentar salvar sua pele deve incluir
postos importantes nas empresas controladas pelo governo. Com isso, se a
situação delas já está ruim, pode piorar ainda mais. Apenas no ano
passado, as estatais, sobretudo Petrobras e Eletrobrás, registraram
prejuízo de R$ 60 bilhões, o maior da história.
Para o deputado Rogério Marinho (PSDB) o
que importa para a presidente é ficar no cargo a qualquer custo. Para
isso, a petista lança mão da mesma estratégia adotada ao longo dos
governos petistas: barganhar cargos importantes em troca de apoio no
Congresso. O tucano afirma que o momento é completamente emblemático
porque, além de tudo, há em “jogo”, cargos como o de ministro da Saúde.
O
chefe maior de um setor cheio de problemas e em uma nação onde há
atualmente surtos de diversas doenças, será escolhido, mais uma vez,
para atender interesses políticos que nada tem a ver com o bem da
sociedade. “É moeda de troca, um tapa na cara da população brasileira.
Não estão preocupados com as pessoas, mas sim em se perpetuar no poder a
qualquer custo, ainda que a custo da saúde da população”, critica o
parlamentar.
O
rombo da Petrobras, que em 2014 estava em R$ 21,9 bilhões, saltou para
R$ 35,2 bilhões. Na Eletrobrás, o prejuízo pulou de R$ 2,9 bilhões para
R$ 14,9 bilhões, em 2015. Segundo Rogério, o PT chegou ao poder com o
discurso de que era a favor da ética e de um perfil republicano. Mas a
tese foi desmontada pela prática. “Não existe partido mais fisiológico,
mais patrimonialista, que tenha aparelhado mais a máquina pública que o
PT. Usou a máquina até para aparelhar os movimentos sociais, hoje
puxadinhos do partido”, avalia.
O
deputado do PSDB afirma que Petrobras e Eletrobrás são exemplos desse
fisiologismo. Resultado: sucatearam ambas e dizimaram seus patrimônios
com a corrupção, equívocos e inapetência gerencial. Foi por esse viés,
de acordo com ele, que os brasileiros passaram a conviver com o preço do
gás de cozinha nas alturas, a gasolina e a energia elétrica custando
quase o dobro de poucos anos atrás, o desemprego e a inflação batendo à
porta.
Mesmo
com esse cenário, alerta, estão usando as estruturas públicas pela
manutenção no poder e para se livrar de punições pelas irregularidades
cometidas. “O que está acontecendo agora é um vale tudo, uma
imoralidade. Querem comprar deputados para serem a favor de sua
permanência, contra o impeachment”, reprovou.
Desde
que o PMDB anunciou oficialmente sua saída do governo, Dilma e seus
aliados mais próximos, inclusive o ex-presidente Lula, têm articulado a
cooptação de parlamentares para votarem contra o impeachment. Em troca,
estão sendo oferecidos cargos no primeiro, segundo e terceiro escalões
da República. O objetivo é colocar, nos cargos deixados pelo PMDB,
pessoas ligadas a outros partidos para garantir os 172 votos que Dilma
precisa para barrar o impeachment na Câmara. A aptidão, experiência e
quaisquer outros requisitos básicos para ocupar os cargos têm sido
deixados de lado.
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